Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

domingo, dezembro 31, 2006

Tanta gente a sofrer no mundo, tantas vítimas inocentes...

Maria é a mulher da qual Jesus nasceu. Mas não é apenas uma mulher, ela é a mãe de Jesus.
  • Maria é mãe, não às cegas, não por imposição de Deus, muito menos mera fatalidade.
  • Maria, antes de aceitar ser mãe, quis entender melhor a proposta de Deus. Quis saber o como e, por isso mesmo, pediu ao Anjo uma explicação razoável. Maria, como mulher de fé, sabia que Deus está sempre disposto a fazer-se compreender pelos homens. Deus não se incomoda com as perguntas de quem O quer conhecer melhor, de quem deseja efectivamente penetrar nos desígnios da sua vontade!
  • Maria foi mãe e mãe de Jesus porque, devidamente esclarecida e com total liberdade, disse sim a Deus. Maria diz sim, depois de dissipadas as suas dúvidas e de compreender, a partir do que estava a acontecer com a sua prima Isabel, que Deus torna possível o que é impossível aos homens.

Maria diz sim, porque reconhece que a verdadeira liberdade do homem passa por aceitar e cumprir a vonta-de de Deus, pois Deus nunca defrauda as expectativas e os sonhos dos homens! A vontade de Deus está sempre ao serviço do bem e da plena realização do homem!

  • O Sim de Maria é um sim à vida e à maternidade. O sim de Maria constitui a autorização e a licença de que Deus precisava para realizar a sua vontade e cumprir a sua promessa de salvar a humanidade!
  • O Sim de Maria permite que o Verbo de Deus encarne e comece a habitar entre nós! Deste modo, o Sim de Maria marca o início de tempos novos, de um mundo novo e de uma nova humanidade.
  • Um Sim que permitiu a Deus realizar, nela e através dela, tantas maravilhas, porque foi um sim dado, repetido e renovado, todos os dias da sua vida!

E ponho-me a pensar no sim de Maria e nos nãos dos homens e nas suas respectivas consequências para a humanidade! Quantas maravilhas fica Deus impedido de realizar no mundo porque não recebe autorização da parte do homem! Quantos dons de Deus deixamos de receber porque não lhe dizemos sim, porque não lhe damos licença para ser, como Ele quer ser, generoso para connosco!

Tanta gente a sofrer no mundo, tantas vítimas inocentes dos conflitos e das guerras, da ambição e da prepotência dos poderosos, do ódio e da intolerância religiosa, do aborto e da eutanásia, da miséria e da fome, porque os homens não deixam que Deus os ilumine e transforme com a sua palavra e com o seu amor!
Todas estas situações são, como afirma o Papa, na mensagem para este Dia, um atentado à paz. Bento XVI refere-se especificamente às “mortes silenciosas provocadas pala fome, pelo aborto, pelas pesquisas sobre os embriões e pela eutanásia”.

Uma sociedade que:

  • ataca os valores fundamentais, como o da vida e da família;
  • torna cada vez mais custoso o acesso dos cidadão à saúde e, ao mesmo tempo, se dispõe a financiar completamente o aborto (até nas clínicas privadas);
  • faz da legalização do aborto uma bandeira de modernidade, enquanto mantém uma elevada taxa de insucesso escolar;
  • uma sociedade que procura eliminar os sinais religiosos e despreza as crenças dos homens, enquanto endeusa o consumismo e o hedonismo;
  • uma sociedade onde falta a vontade política e, mais ainda, a autoridade moral para erradicar a corrupção e a chamada violência gratuita (nas escolas, nas estradas, nas discotecas...);
    é uma sociedade em guerra consigo mesma, é uma sociedade que tem em si e alimenta os germes da sua auto destruição!

Esta é uma guerra que atinge o ser e o coração da própria sociedade. Esta é, sem dúvida alguma, a mais perigosa e devastadora de todas as guerras. Em primeiro lugar, porque não é consciencializada nem assumida como tal. Depois, porque não só atinge a vida e os direitos fundamentais dos cidadãos, como compromete a sobrevivência da própria sociedade. A história mostra como sociedade ricas e “civilizadas”, mas sem valores, desapareceram por completo.

Só o respeito pela pessoa humana pode garantir a paz. E esse respeito exige o reconhecimento da sua dimensão espiritual. O homem só se respeita a si mesmo quando se vê como imagem de Deus. E só respeita verdadeiramente os outros, quando os consegue ver com os olhos da fé e os ama com o coração de Deus.

As nossas sociedades, ditas desenvolvidas e empenhadas na persecução da paz , continuarão a ser uma mentira e uma ilusão, enquanto não perderem o seu complexo contra Deus e não assumirem a necessidade e a importância de princípios e valores morais!

sábado, dezembro 30, 2006

A missão de educar

O Evangelho do Domingo da Sagrada Familia, que nos relata um episódio da vida da família de Nazaré, permite-nos tirar algumas conclusões, que ainda conservam toda a sua actualidade, sobre as responsabilidades e os deveres dos pais em relação aos seus filhos.

  • Antes de mais, a missão de educar é assumida conjuntamente por Maria e José. Na verdade, os dois levam Jesus a Jerusalém para que, com eles e com o povo, participe na celebração da festa da Páscoa. Depois, no regresso, quando se apercebem de que Jesus não vinha na caravana, são os dois que, partilhando a mesma preocupação e aflição, voltam a Jerusalém e o procuram até o encontrarem.
  • Maria e José são pais verdadeiramente crentes e plenamente conscientes dos seus deveres religiosos. Levando Jesus a Jerusalém, eles mostram que não descuram, muito menos desprezam, a educação e a vida espiritual de Jesus. Graças a este empenho dos pais, Jesus crescia na graça de Deus.
  • Por sua vez, procurando Jesus e pedindo-lhe uma explicação, eles mostram como os pais jamais devem dispensar-se das suas obrigações ou demitir-se da sua autoridade. A alma da educação dos filhos é, sem dúvida alguma, o amor paterno. Este amor leva ao diálogo e à compreensão. Este amor, impele os pais a ser exigentes consigo mesmos e a não recear ser exigentes com os próprios filhos. Os pais que amam de verdade amam assim.
  • A educação, em todos os seus níveis e vertentes, é necessariamente uma tarefa do pai e da mãe, ainda que a desempenhem segundo a especificidade de cada um.
  • Na verdade ser pai e ser mãe são dois modos de ser diferentes e complementares. Por isso mesmo é que cada filho, na sua condição de filho, precisa de um pai e de uma mãe para crescer de um modo equilibrado e feliz. E tudo o que atenta contra esta verdade, pode estar muito na moda e ter muitos defensores na praça pública, mas não é seguramente bom para a família!

Na primeira leitura, o autor sagrado exorta os filhos a amarem os seus pais. Exorta-os com insistência e argumentando que essa é a vontade Deus. Especifica que o amor dos filhos se concretiza na honra e no respeito, na obediência e na dedicação.

O amor filial deve estender-se a toda a vida dos pais, porque os pais nunca o deixam de ser! No entanto, esse amor deve ser mais presente e mais concreto, quando eles, pela idade e pela doença, se encontram mais desprotegidos fragilizados. O autor sagrado especifica mesmos: “ampara a velhice do teu pai...”, “ se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes”. É nestas circunstâncias, muito mais do que quando eles estão no vigor da vida, que os filhos têm a oportunidade de manifestar o reconhecimento e a gratidão para com os seus pais. É nestes momentos que os filhos lhes podem retribuir um pouco pelo muito que deles receberam.

E esta retribuição dos filhos obtêm-lhes, por sua vez, uma extraordinária recompensa de Deus. “Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados...”, “a tua caridade para com o teu pai... converter-se-á em desconto dos teus pecados”. Surpreende-me e maravilha-me este merecimento do amor dos filhos aos olhos de Deus. Mas, quando considero e medito que os pais são na terra a mais perfeita imagem de Deus, então compreendo que no amor aos nossos pais Deus se sinta particularmente amado por nós, e, por conseguinte, seja tão generoso para connosco!

Amemos, pois, os nossos pais, porque eles primeiro nos amaram a nós e porque neles amamos a Deus como Deus mais quer ser amado por nós. Nós somos o fruto mais valioso do seu amor, somos o grande milagre das suas vidas! Um milagre que lhes custou muitos sacrifícios e sofrimentos, muitas inquietações e sobressaltos, muitas noites de vigília e mal dormidas, muitas saudades e lágrimas vertidas. E tantos sonhos seus que, por nossa causa, ficaram por realizar!

Amemo-los, acima de tudo e sem regatear esforços, quando, estando nós no vigor da vida e eles no ocaso da sua, mais precisam do nosso auxílio e do nosso afecto!

Quando pais e filhos, aprendendo com a Sagrada Família de Nazaré, cumprirem a parte que lhes toca, teremos melhores famílias e pessoas mais realizadas e felizes. Esse é o caminho para fazer do mundo e de todos os homens uma autêntica família!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Natal: a Festa da Vida!

O MELHOR MOTIVO PARA CELEBRAR A FESTA DA VIDA
SÃO TODAS AS VIDAS QUE JÁ NASCERAM
OU ESTÃO PARA NASCER. DIGA SIM À VIDA

terça-feira, dezembro 26, 2006

domingo, dezembro 24, 2006

“O Presépio, lição de vida, de amor e de paz” Mensagem de Natal do Bispo da Guarda

O Natal é o nascimento de Jesus Cristo no Presépio de Belém acontecido há dois mil anos. Um nascimento datado e situado com coordenadas históricas bem definidas, pois deu-se quando César Augusto era imperador Romano e a Província Romana da Síria, a que pertencia a Palestina então, era governada por Quirino (Lucas 2, 1-2).

A festa de Natal celebra, portanto, este acontecimento e a sua decisiva importância de Salvação para toda a Humanidade, marcando o centro da História que, por isso, passou a ficar dividida entre o antes e o depois do nascimento de Cristo.

O Natal convida-nos hoje, de novo e antes de mais, a parar diante do Presépio, que é a Sua representação mais real e mais fiel.

E diante do Presépio nós contemplamos uma lição de vida, uma lição de amor e uma lição de paz.

O Presépio diz-nos antes de mais o que é a vida, plasmada na simplicidade daquela criança, o Menino Jesus. A vida que nasce pequenina, frágil, com necessidade absoluta de ser generosamente acolhida e protegida, mesmo quando parece complicar planos particulares da mãe ou do pai ou de outras pessoas ou mesmo de sociedade como tal. Também para os pais desta criança do Presépio de Belém não foi fácil fazer uma viagem longa, com a mãe prestes a dar à luz e depois com o grave incómodo de terem de procurar um curral de animais para pernoitar e nele uma manjedoira para reclinar o seu Filho recém-nascido. Isto porque para eles não houve lugar nas casas e hospedarias da cidade.

Toda a vida que começa, como a deste menino de Belém, já desde o seio materno, é um mistério de maravilha.

Neste Menino, frágil como todas as crianças, pobre entre os pobres, nós contemplamos o Salvador do Mundo. Também em cada criança, sejam quais forem as circunstâncias em que o seu percurso se iniciou, nós queremos ver sempre o sorriso de Deus e a Sua bênção para toda a Humanidade, mesmo que haja dificuldades e contra-tempos a superar, como aqueles que corajosamente souberam enfrentar José e Maria na cidade de Belém.

O Presépio é também uma lição de amor. Amor de uma família que se alegra com o nascimento do seu Filho e tudo faz para o receber bem, criando-lhe todas as condições necessários para que Ele possa viver e crescer e assim cumprir a sua vocação e missão no mundo.

Amor de uma Mãe que fica feliz com a chegada do Filho e de um Pai que deseja cumprir as suas responsabilidades sociais, neste caso o recenseamento mas sem descurar as responsabilidades para com a Família

Amor do próprio Deus voluntariamente feito criança pobre e humilde, despojado de toda a Sua grandeza e riqueza para ajudar a que todos a começar pelos pobres e mais fracos, possam percorrer, com dignidade, os caminhos da sua realização pessoal.

O presépio ensina-nos também o que é a Paz, e como é que ela se constrói. A paz só é verdadeira quando centrada na pessoa, na defesa e na promoção dos seus direitos e da sua dignidade, em todas as suas circunstâncias.

É por isso que a Paz nunca pode ser o resultado de um equilíbrio de forças e muito menos da imposição da lei do mais forte.

O primeiro dia do ano que se aproxima volta a ser o Dia Mundial da Paz, desta vez com o seguinte tema proposto pelo Papa Bento XVI: “A Pessoa Humana no coração da Paz”.

De facto só o respeito sagrado por todas e cada uma das pessoas, qualquer que seja a sua situação ou estado de desenvolvimento, desde a concepção à morte natural, pode garantir a paz e dar futuro à Humanidade.

Desejo a todos Santo Natal, na contemplação do Presépio de Belém, com a sua lição de Vida, de Amor e de Paz.

Guarda, 18 de Dezembro de 2006

+ Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

sexta-feira, dezembro 22, 2006

"Eu venho para fazer a tua vontade".

Aceitar a vontade de Deus significa e implica sempre aceitar colaborar com Deus na concretização do seu projecto de salvar a humanidade. Deus quer precisar de todos, mas a alguns confia uma tarefa especial. E a mais especial de todas é a que confia a Maria.
Maria aceita ser a serva do Senhor, ou seja, aceita ser a mãe do Filho de Deus e a serva de todos os homens. Maria confirma isso mesmo, de um modo eloquente.
Logo após o anúncio do Anjo, parte em missão de serviço ao encontro da sua prima Isabel. Vai disposta a partilhar com ela a sua vida e algum do seu tempo.
Não leva presentes! Não teve tempo nem tinha dinheiro para os comprar. No entanto, naquele momento, tinha algo de mais valioso, para oferecer a Isabel e à sua família. Maria, a cheia da graça de Deus, enriqueceu Isabel com dons extraordinários. Maria levava consigo, no seu ventre, o Messias esperado pelo povo de Israel, o Salvador dos homens, o Senhor do mundo!
Por conseguinte, não admira que, com a chegada de Maria, Isabel tenha ficado cheia do Espírito santo. E que o seu filho tenha exultado de alegria no seu seio. Isabel fica maravilhada com a fé de Maria e proclama: “Feliz aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor”.
Porque acreditou no Senhor, aceitou que nela se cumprisse a sua palavra. Nessa condição, Maria pode testemunhar e partilhar com Isabel e com todos, a sua fé e os dons de Deus.

“Eu venho para fazer a tua vontade”.
Essa foi tanto a atitude de Jesus como a de Maria.
E tu, tens, ao menos, vontade de conhecer a vontade de Deus a teu respeito? Queres saber o que Deus quer de ti e te propõe para a tua vida, para que sejas feliz e para que colabores com Ele na salvação do mundo? Olha que Deus só quer de ti o que é para teu bem! Deus, muito melhor do que tu, sabe o que realmente te convém.

E tu, estás disposto a fazer a vontade de Deus, para que a sua salvação aconteça na tua vida? Tu, que até fazes e cumpres promessas, muitas vezes difíceis e dispendiosas, preocupas-te e empenhas-te em viver em sintonia com Deus, seguindo o caminho indicado por Cristo? Deus não te pede sacrifícios ou oblações nem reclama as tuas coisas. Pede e espera, isso sim, que abras a tua mente à sua verdade e o teu coração ao seu amor. Pede e espera que vivas e testemunhes no teu quotidiano essa verdade e esse amor!

Olhando para ti e considerando a tua vida, os homens poderão intuir e dizer:”este acredita no Senhor e é feliz porque acredita”?

segunda-feira, dezembro 18, 2006

DESEJO A TODOS UM

“Que havemos nós de fazer?”

Um Deus que ama a este ponto os homens, um Deus que não poupa o seu próprio Filho para os salvar, é certamente um Deus que merece ser amado, é um Deus que merece a nossa vida, é um Deus ao qual podemos e devemos confiar a nossa mente e o nosso coração. Um Deus assim é fonte e garantia de alegria e felicidade!

Quando penso que Deus me ama e pensa em mim, precisamente porque me ama; que esse seu amor O leva a vir ao meu encontro, a falar comigo, a partilhar comigo a sua vida e a agir em meu favor; que Deus me ama sempre sem nunca se cansar de mim;

Quando contemplo e considero que Deus está presente no nosso mundo, de um modo tão discreto como evidente; quando experimento que Deus se torna íntimo de cada homem, então sinto que Deus é bom e me faz feliz!

Quando penso que Deus está com todos os homens e mulheres como está comigo; que ama todos os outros como me ama a mim; que partilha a sua vida com todos como o faz comigo; que actua em favor dos outros como actua em mim; que se preocupa e garante o futuro de todos, sem se esque-cer de ninguém, como não se esquece de mim; então sinto que Deus é bom e me faz feliz.

Que fazer para corresponder ao que este Deus faz por mim? Como viver para concretizar o que Deus sonhou para mim? Que caminho percorrer para chegar a viver em Deus, neste Deus que, agora, vive em mim? Queres mesmo ouvir e tomar a sério a resposta às tuas perguntas?
Então, escuta e acolhe, como dirigidas tb a ti, as exortações de João Baptista aos seus contemporâneos:

a) “Quem tem ... reparta com quem não tem”.
A partilha é um fruto e uma expressão do amor do homem. Com esta recomendação, João pretende evidenciar a importância do mandamento do amor ao próximo e como este se deve traduzir no concreto da vida.
Assim, se amas, partilha: partilha o que és, a tua vida e o que tens; partilha o teu saber e põe a render as tuas capacidades ao serviço do teu semelhante; partilha os teus afectos e sentimentos; partilha a tua palavra e o teu silêncio. Olha a tua vida e vive-a em função dos outros; experi-menta a felicidade de viveres para eles. Isso é, de facto, amar e corresponder ao amor de Deus!

b) “Não exijais nada além do que vos está fixado”.
Aos publicanos, João recorda o princípio da justiça. Quanto depende de ti, não exijas a ninguém aquilo a que não tens direito, para que não o prives daquilo que lhe pertence. Pelo contrário, desprende-te do que tens a mais, para que outros tenham o suficiente. Sente alegria, não por teres mais do que os outros, mas porque, graças ao teu sentido de justiça, outros podem viver com dignidade!

c) “Não pratiqueis violência com ninguém”.
Por sua vez, diz aos soldados que eles devem estar ao serviço da paz e não da guerra. Tu, como discípulo de Cristo, és chamado a ser construtor da paz. E queres saber o que podes fazer pela paz?
Vive tu em paz. Antes de mais, respeita a tua consciência; assume os teus defeitos e tenta superá-los; reconhece os teus pecados e purifica-te deles; ouve a voz de Deus e não tenhas vergonha de a seguir. Depois, vence o ódio com o amor, a ambição com a humildade, a mentira com a verdade, as ofensas com o perdão e as desigualdades com a justiça.

O amor, a justiça e a paz. O amor de Deus impele-te a amar o próximo. O amor ao próximo leva-te a ser justo para com ele. O amor e a justiça são o caminho e a garantia da paz.

É esta a contrapartida que Deus espera de ti!
É isto que te faz sentir bem e feliz!

sábado, dezembro 09, 2006

Quem acredita em Deus defende e promove a família e a vida

Estes são os bens mais necessários e mais preciosos para o homem. E aqueles que legislam ou de qualquer outro modo atentam contra a vida humana e contra a família, prejudicam a sociedade.

Vemos como muitos desses já fervilham e manifestam o seu nervosismo e a sua prepotência, com a proximidade do referendo sobre a liberalização do aborto. É interessante e revelador a argumentação que usam e os estratagemas que defendem.
  • Uns, que até se consideram como os pais da democracia, defendem que se vencer o não, a Assembleia da República deve legislar em sentido contrário. Viva esta democracia dos pais da nossa democracia! Que respeitáveis democratas estes, que negam o valor da democracia para imporem aos outros as suas opções!
  • E que pensar da, tão ilustre como ignorante, deputada que acusa de inconstitucional e ultrapassado o código deontológico dos médicos, por este ser a favor da vida e contra a liberalização do aborto! Será ela com as suas opções contra a vida a norma da constitucionalidade, que deve reger todos os cidadãos portugueses. Para ela e para muitos como ela, só são pessoas modernas e actualizadas aquelas que defendem o aborto. Tenham juízo!
  • Outros ainda, receosos da verdade que a Igreja propõe e defende sobre a vida, querem e exigem que ela não se intrometa neste assunto, deixando a liberdade aos fiéis para decidir. É claro que a Igreja, muito mais do que eles, defende a liberdade de opção. Mas a Igreja sabe, como eles deveriam saber e aceitar, que não há verdadeira liberdade sem verda-de e sem que as decisões se tomem no respeito pela própria consciência.

Viva a liberdade daqueles que usam a liberdade para negar o valor absoluto da vida humana! E, ao mesmo tempo, pretendem negar a liberdade de a defender àqueles que são sempre e em todas as circunstâncias em favor da vida! Esse conceito de liberdade não diz bem de quem o apregoa!



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quinta-feira, dezembro 07, 2006

"Num Deus assim, até dá gosto acreditar"

Maria, “a cheia de graça” e a humilde “serva do Senhor”, considerou extremamente vantajoso abrir-se totalmente à vida de Deus e consagrar-lhe radicalmente a sua própria vida.
E tu, ainda tens medo de Deus e foges dele, porque vês em Deus uma ameaça à tua liberdade e um entrave à tua felicidade? Considera bem: Deus criou-te “à sua imagem e semelhança”, fez de ti “quase um ser divino”, colocou o mundo nas tuas mãos, constituindo-te seu administrador. Que podes temer de um Deus que te fez tão importante e te confiou tão grande responsabilidade?
Com um Deus assim, o que é que pensas e pretendes conseguir, dispensando-o da tua vida e substituindo-te a Ele? Que vantagens, em seres tu a medida de todas as coisas e o centro de todas as atenções?

Olha para a tua vida e considera as desilusões que já te provocou esta ilusão de queres ser como Deus! Quanto já não tiveste de sofrer e quanto já não fizeste sofrer os outros, por não te aceitares na realidade do que és e do que és chamado a ser!
Tu, que sentes uma devoção especial por Maria, que te comoves quando ouves falar dela, que até choras quando entoas cânticos em seu louvor, imita-a na sua entrega e fidelidade a Deus.
Abre-te à graça de Deus e recebe-a, de modo especial, no sacramento da reconciliação; escuta a sua palavra e perscruta nela a vontade de Deus a teu respeito; descobre a grandeza do serviço e ama o teu semelhante com alegria.

Se tens dúvidas sobre Deus, coloca-lhas sem receio. Maria também teve dúvidas e quis ser esclarecida. Deus não se incomoda de ser questionado pelo homem. Mas, depois, deixa que Deus se explique, que te revele a sua verdade, que mostre quanto te ama e quais são os seus desígnios a teu respeito. Então, concluirás que ninguém te respeita mais do que Deus e ninguém mais do que Ele deseja e tudo faz para que sejas feliz.
De facto, "num Deus assim, até dá gosto acreditar"!

sábado, dezembro 02, 2006

A CAMINHO DO NATAL


Hoje iniciamos as quatro semanas do Advento.


  • Um facto passado: a vinda história de Cristo, prometida por Abraão, recordada pelos profetas, esperada pelo povo e realizada em Belém...
  • Um facto presente: a vinda de Jesus presente na sua Igreja: Cristo continua vir na Palavra, na Eucaristia, nos irmãos.
  • Um facto futuro: é a segunda vinda... no fim do mundo.

sábado, novembro 25, 2006

ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE

No próximo dia 10 de Dezembro, a Associação Social de Apoio aos mais necessitados do concelho de Celorico da Beira, vai organizar um espectáculo de solidariedade com o objectivo de angariar fundos para os mais pobres do concelho.

Vem ao Centro Cultural de Celorico da Beira, participa no concerto da já famosa BANDA JOTA e ajuda assim os mais necessitados.

sexta-feira, novembro 24, 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

“Formação cristã/Catequese de Adultos”

Tendo em vista a implementação da catequese de adultos, nas paróquias da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício dirigiu uma carta a todos os fiéis, que será lida nas assembleias dominicais, na Festa de Cristo Rei ou no 1º Domingo do Advento.
O documento, com data de 19 de Novembro, refere: “Estimados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo: A graça e a alegria de Cristo Ressuscitado sejam a grande fonte de esperança para todos nós, quando terminamos um ano litúrgico e nos dispomos para começar outro. Dirijo-me hoje a todos vós que participais na celebração dominical para vos convidar a participar também na catequese paroquial. Assim como sentimos o dever e a necessidade de celebrar a Fé, principalmente na Eucaristia, também precisamos todos de cultivar a necessidade e cumprir o dever de aprofundar a mesma Fé pela catequese. A catequese é para nos ajudar a compreender a mensagem da Fé com a inteligência e a converter a nossa vida pessoal a partir do coração, para depois vivermos a prática de uma vida moral consequente.
Convido, por isso, a que, em todas as paróquias da nossa Diocese, ao lado da celebração dominical, que pode ser a vespertina de sábado, haja sessões de catequese de adultos, com a colaboração de catequistas devidamente apoiados e orientados pelos párocos e com a utilização do livro preparado na nossa Diocese para esse efeito e que leva o título de “Formação cristã/Catequese de Adultos”.
Da coragem com que formos capazes de dar este passo, depende em grande medida o futuro da vitalidade das nossas comunidades da Fé. Que Deus nos ajude a percorrer, desta maneira, com alegria e entusiasmo, os caminhos do futuro. Deixo-vos a promessa da minha oração e a bênção que imploro do Senhor para todos vós”.

sábado, novembro 18, 2006

Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração

Estamos a viver a semana de Oração pelos Seminários. Não pode esmorecer o interesse e o empenho dos cristãos em relação às vocações sacerdotais.
Continua e continuará sempre válido o mandamento de Jesus: “pedi ao senhor da Messe...”. É necessário pedir ao Senhor os sacerdotes que Ele nos quer dar. E Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração.

Por conseguinte, não tem sentido nem é eficaz a oração, quando pedimos os sacerdotes que nós queremos, na quantidade e segundo o modelo que nos convém. A oração não é para convencer nem para pressionar Deus a fazer a nossa vontade. Pelo contrário, rezamos para que, também no que se refere aos sacerdotes, se faça a vontade de Deus “assim na terra como no Céu”.

Consequentemente, não rezamos bem nem assumimos a atitude correcta diante de Deus, quando:
  • pedimos mais sacerdotes para não ter que mudar nada na nossa vida nem nas nossas comunidades cristãs;
  • para não ter assumir o lugar e a missão que nos compete no seio da Igreja;
  • para não ter que aceitar que certos serviços e mi-nistérios sejam exercidos pelos leigos, apesar de específicos da sua missão;
  • para não termos que nos deslocar e celebrar a nossa fé noutros lugares e com os cristãos de outras comunidades.

É um contra senso exigir a Deus que nos dê sacerdotes para fazerem o que os leigos podem fazer; ou pedir sacerdotes para que possa haver a celebração da Eucaristia em todos os lugares, tantas vezes tão próximos, quando as pessoas podem e têm meios para se deslocarem.

Não podemos esperar que Deus escute a nossa oração e atenda os nossos pedidos, quando estes revelam o nosso egoísmo e a nossa falta de fé.

É, pois, indispensável a nossa conversão à vontade de Deus, pedindo e aceitando os sacerdotes que Deus quer chamar e enviar para a sua messe: discípulos fiéis de Cristo e servidores dedicados do Reino dos Céus.
São esses os únicos padres que a Igreja e o mundo precisam!
Dos outros, ainda há quantos baste!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Conheça os nossos Seminários (Fundão e Guarda)


Seminário é o grupo de Cristo com os Apóstolos, ensinando-lhes as coisas do Pai e do Mundo;
Seminário é aprendizagem orante de muitas coisas que Deus quer ensinar aqueles que Deus prepara para enviar;
Seminário é essencialmente relação viva com Deus Pai, com Deus Filho, com Deus Espírito Santo;
Seminário tem de conduzir a uma formação integral do Homem.
Seminário é iniciativa de Deus por meio da Igreja.
O SEMINÁRIO É O CORAÇÃO DA DIOCESE.

segunda-feira, novembro 13, 2006

São Martinho, muito mais que as castanhas

O calendário litúrgico aponta hoje, 11 de Novembro, para a celebração da festa litúrgica de São Martinho de Tours, Bispo e Confessor, figura muito querida da religiosidade popular e tradicionalmente associada ao “magusto”.
S. Martinho de Tours nasceu na Hungria, em 315, e faleceu, sendo Bispo de Tours, França, em 397. Este Santo era filho de um oficial romano que servia na Panónia, actual Hungria, e foi ele próprio militar. Dois anos depois de se ter convertido à fé católica e baptizado na Gália, deixou o exército e passou a levar vida solitária, sob a orientação espiritual de Santo Hilário de Poitiers.

Eleito mais tarde bispo de Tours, exerceu de modo admirável as suas funções de pastor, sendo considerado o iniciador da vida monástica na Gália e o grande evangelizador de França, país em que existem 3700 paróquias de que é padroeiro.

A sua fama de evangelizador e de fundador de mosteiros torna-se motivo para que os Beneditinos, nos séculos XI e XII, o transformem em orago e protector dos mosteiros que iam fundando ou refundando na Península Ibérica.

Na tradição popular, ficou célebre o episódio da partilha da sua capa de oficial de cavalaria romano com o mendigo que morria de frio, dando assim origem ao chamado “Verão de S. Martinho”.
Fonte: Ecclesia

quarta-feira, novembro 08, 2006

PROVÉRBIOS DE S. MARTINHO

  • A cada bacorinho vem o seu S. Martinho.
  • A cada porco vem o seu S. Martinho.
  • Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
  • Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
  • No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
  • No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
  • No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
  • No dia de S. Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho. (sic.)
  • No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.
  • No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.· No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.· Pelo S. Martinho abatoca o pipinho.
  • Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
  • Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
  • Pelo S. Martinho nem nado nem no cabacinho.
  • Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já não te faz dano.
  • O Sete-Estrelo pelo S. Martinho, vai de bordo a bordinho; à meia-noite está a pino.
  • São Martinho, bispo; São Martinho, papa; S. Martinho rapa.*
  • Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
  • Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
  • Veräo de S. Martinho säo três dias e mais um bocadinho.
  • Vindima em Outubro que o S. Martinho to dirá.

* Na Ilha de S. Miguel, referência aos dias 11 (Dia de S. Martinho de Tours), 12 (dia de S.Martinho I, papa e mártir do séc. VII) ; e 13 deNovembro; “S. Martinho rapa” refere-se ao fim das festas da prova do vinho novo.

Bibliografia:
Machado, José Pedro -O Grande Livro dos Provérbios, Ed.Notícias, 1996 Moreira, António- Provérbios Portugueses, Ed. Notícias, 1996

O dia de S. Martinho: comemorações e tradições

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França.
Hoje em dia não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro, e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre )
Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica*, em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas à uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população.
O facto do seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura do calendário rural, em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda uma componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer.
Assim em Portugal, o dia de S. Martinho é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto, e o seu espírito de solidariedade lembrado quanto mais não seja, através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre, mas de resto, e por todo o lado, as pessoas andam ocupadas nas actividades mencionadas nos provérbios sobre este dia: assam-se castanhas, prova-se o vinho...
Sobre este tema, escreve o conceituado etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira (1910/1990) o seguinte: «O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)
Fonte: Manuel Ramos in http://smartinho.blogspot.com/

A Vida de S. Martinho

O conhecimento que se tem da vida de S. Martinho, apelidado de apóstolo da Gália, é devido principalmente ao seu primeiro e mais dedicado biógrafo, Sulpício Severo (c.360-c.420), historiador cristão de expressão latina, nascido na Aquitânia.
Quando conheceu S. Martinho já este era bispo, no entanto vivia fiel ao ideal monástico recolhendo-se longe do fasto do palácio episcopal. Sulpício era uma pessoa humilde sem privilégios nem riquezas mas S. Martinho não só o recebeu como lhe lavou as mãos antes de comer e mais tarde os pés. Desde então Sulpício Severo tornou-se seu discípulo, amigo e biógrafo. É graças a ele que hoje temos um relato precioso da vida deste SantoA Vida de S. Martinho de Sulpício Severo nunca teve tantos leitores como hoje em dia, pois circula na internet em latin e em pelo menos mais dois idiomas: francês e inglês.

Algumas datas mais importantes da vida de S. Martinho (Ver mais)
316 - Nasce S. Martinho, filho de um oficial romano, na Panónia (região da actual Húngria).
326- Com apenas 10 anos e por sua vontade torna-se catecúmeno (aspirante a cristão).
330- É obrigado a ir para o exército onde pratica o ideal cristão de humildade e generosidade.
337- Dá-se o episódio lendário em que S. Martinho partilha a sua capa de soldado com um pobre.

Em data indeterminada S. Martinho abandona o exército.
354- S. Martinho chega a Poitiers onde se desloca para se juntar a Santo Hilário. Mas logo a seguir vai para a Itália com o objectivo de rever a família e evangelizar os seus conterrâneos.
355-360- S. Martinho é expulso da sua própria terra (por causa do Arianismo) e passa um tempo isolado na ilha de Galinária, no meio do Mar Tirreno.
361- S. Hilário volta para Poitiers e S. Martinho também.361- Funda uma comunidade monástica (a primeira da Gália) em Ligugé, a 6 km de Poitiers.
371- S. Martinho torna-se Bispo de Tours, cargo que ocupará cerca de 26 anos até à sua morte.
372- Funda a comunidade monástica de Marmoutier, perto de Tours.397- S. Martinho morre em Candes perto de Tours. No dia 11 de Novembro é enterrado com pompa e circunstância na cidade de que fora Bispo durante mais de um quarto de século.


Há várias páginas na internet dedicadas a S. Martinho (ver).
Em língua portuguesa não abundam os textos biográficos sobre o santo. E excepto dois resumos biográficos que a seguir se transcrevem, apenas se encontraram mais três referências *.

1- O primeiro resumo biográfico encontra-se no conhecido (mas já em desuso) Missal de Dom Gaspar Lefebvre e foi transcrito de um artigo da autoria de Luís Chaves, intitulado "São Martinho de Tours", (publicado na Separata da Revista de Etnografia nº1 do Museu de Etnografia e História, em 1963)«São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares no Ocidente. No dizer de Durando de Mende, a liturgia consagra-lhe um lugar semelhante aos dos Apóstolos, por ter sido ele quem concluiu a evangelização das Gálias. A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de "verão de São Martinho", rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João. Tinha Oitava como S. Lourenço, porque S. Martinho, "pérola dos sacerdotes", era entre os Confessores o que S. Lourenço era entre os Mártires, o maior dos Confessores. Nasceu na Sabária Panónia) e veio para as Gálias como soldado.

Sendo ainda catecúmeno, deu um dia perto de Amiens a um pobre, que Ihe pedia esmola por amor de Cristo, metade da clâmide. Na noite seguinte, Jesus Cristo apareceu-lhe vestido com essa metade que ele dera ao pobre, e disse-lhe: "Martinho, sendo ainda catecúmeno, vestiu-me com este manto".

Recebeu o baptismo aos 18 anos. Depois de viajar pelo Oriente, onde se iniciou na vida monástica, faz por algum tempo vida de eremita numa ilha das costas da Ligúria. Finalmente, fez-se discípulo de Santo Hilário, que então florescia na cadeira episcopal de Poitiers e fundou no deserto de Ligugé, a duas léguas da sede do Bispado, um mosteiro para onde se retirou com alguns discípulos. Lançou assim os alicerces do monaquismo nas Gálias.

Mas Deus não queria que esta luz, ficasse oculta debaixo do alqueire, e S. Martinho foi arrancado à paz da solidão e revestido da dignidade episcopal, que lhe deu ensejo para desenvolver largamente os dotes do seu coração de apóstolo. Pregou o Evangelho pelos campos da Gália e extirpou de vez os resíduos tenazes do paganismo, que tinham resistido à investida cristã a coberto da superstição e da ignorância do povo. Colocado à frente da diocese de Tours, fundou a célebre abadia de Marmoutiers ou o grande mosteiro aonde com frequência se retirava para viver mais longe do mundo,e mais perto de Deus. Cercavam-no oitenta monges de vida santíssima, pautada pelo exemplo e regra dos eremitas da Tebaida.

Viveu mais de oitenta anos, ocupado sempre com a glória de Deus e a salvação das almas, e morreu em Candes, perto de Tours, em 397.

Ao seu túmulo afluíam de toda a parte peregrinações frequentes. Gregório de Tours, que lhe sucedeu, não hesita em chamar-lhe o "Patrono de todo o mundo". Poucos santos alcançaram a popularidade dele. Só em França há perto de mil igrejas paroquiais e 485 burgos e lugares com o seu nome. Em Roma é notável a igreja de S. Silvestre e S. Martinho, onde se faz a estação de quinta-feira da quarta semana da Quaresma.A capa de São Martinho era conduzida à frente dos exércitos em tempo de guerra e nela se pregavam os sermões solenes em tempo de paz. Símbolo da protecção, que S. Martinho dispensava à França, esta capa deu o nome ao oratório, que a guardava, e a todos os oratórios, ou "capelas"»
Para referir este artigo: Chaves, Luís -"São Martinho de Tours", in Separata da Revista de Etnografia nº1, Museu de Etnografia e História (1963)
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2- O segundo resumo biográfico é da autoria de Alves de Oliveira e encontra-se no vol. 13 da Enciclopédia Luso- Brasileira de Cultura (Verbo):«Martinho de Tours (São) -Bispo de Tours (n. actual Szambatkely, Hungria, 316 ou 317- m. Candes, França, 8.11.397).Filho de um oficial do exército romano e nascido num posto militar fronteiriço, após estudos humanísticos, em Pavia, aos 16 anos entrou para o exército quando já a sua vontade o inclinava a fazer-se monge (aos 10 anos inscrevera-se como catecúmeno). Em breve ganhou fama de taumaturgo.

Em Amiens, provavelmente em 338, durante uma ronda nocturna no rigor do Inverno encontrou um pobre seminu: não tendo à mão dinheiro para lhe valer, com a espada dividiu ao meio a sua clâmide que repartiu com o desconhecido.Na noite seguinte, em sonhos, viu Jesus, que disse:"Martinho, apesar de somente catecúmeno, cobriu-me com a sua capa.

"Recebeu o baptismo na Páscoa de 339, continuando como oficial da guarda imperial até aos 40 anos. Abandonando a vida castrense, foi ter com Sto. Hilário de Poitiers, que lhe conferiu ordens sacras e lhe deu possibilidade de levar vida monacal: nasceu, assim, o famoso Mosteiro de Ligugé. Eleito, por aclamação, bispo de Tours, foi sagrado provavelmente a 4.7.371.

Ardente propagador de fé, fundou, em Marmoutier, um mosteiro donde sairam notáveis missionários e reformadores. Demoliu templos pagãos e levantou mosteiros como sustentáculos da evangelização. Humilde e pacífico, manteve a sua independência perante o abuso da autoridade civil.

O fascínio das suas virtudes radicadas na generosidade do seu zelo, na nobreza de caracter e, sobretudo, na sua bondade ilimitada mantida para alem da morte na prodigalidade dos seus milagres, magnificamente descritas pelo seu discipulo Sulpício Severo, fez com que S. M. T. fosse durante muitos séculos o santo mais popular da Europa Ocidental. A sua memória litúrgica é a 11 de Novembro.»
Para referir este artigo: Oliveira, Alves de- "Martinho de Tours (São)", Enciclopédia Luso- Brasileira de Cultura, vol. 13 (Editorial Verbo)
* Biografias sobre S. Martinho (em língua portuguesa) :

  • Devailly, Guy (Santos, Joco trad.)- S. Martinho de Tours missionário (143 p.). Cucujães : Missões, D.L. 2001 (Tít. orig. : Martin de Tours, un missionaire)
  • Pinto, A. Teixeira (1891-?)- O manto de São Martinho (179 p.). Porto : Livr. Tavares Martins, 1938;

    e também:> Maia, Joco (1923- , S.J.) - A vida de S. Martinho (26 p.). Lisboa : Verbo, [D.L.1972] Colecção: ABC. Vida de santos ; 5)

sábado, novembro 04, 2006

“Muito bem, Mestre! Tens razão...” (31º Dom. Comum)

E tu, achas que Jesus tem razão no que te ensina e te propõe? Consideras que Ele é um Mestre que merece a tua confiança e a quem podes seguir incondicionalmente? És capaz de lhe dar razão, quando Ele questiona as tuas verdades, as tuas opções morais e os teus comportamen-tos, os teus pontos de vista sobre a vida, o casamento e a família?
É fácil dar a razão a Jesus estar de acordo com Ele, quando denuncia a hipocrisia e a vaidade dos fariseus, quando se insurge contra aqueles que ocupam os lugares que não lhe pertencem, quando condena a arrogância de herodes; quando defende a separação entre o poder religioso e o poder político (“daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”), quando toma a defesa dos pobres e oprimidos ou tenta incluir na sociedade aqueles que a sociedade marginaliza; quando Ele, desde a tua perspectiva, está a meter-se com os outros e a proteger os teus interesses.
E quando Jesus se mete contigo e exige mudanças na tua vida?
  • Dás a razão a Jesus, quando Ele te pede que ames os teus inimigos e que perdoes sem limites a quem te ofende? Ou quando, depois de te perdoar os teus pecados, te diz: “vai e não voltes a pecar” ?
  • Aprovas Jesus, quando Ele diz ao casal: “não separe o homem o que Deus uniu”? e quando exige a cada um dos cônjuges: “não cometerás adultério”? ou então, quando pede aos pais cristãos que eduquem os seus filhos segundo a lei de Deus?
  • Estás, ao menos, interessado em entender melhor as suas razões, as razões da verdade que Ele revela e das propostas de vida que Ele faz? Tens curiosidade suficiente para o interrogar e disponibilidade para escutar a sua resposta, como teve o escriba? Jesus pode responder às tuas perguntas nas respostas que já deu no Evangelho.
  • Pelo que conheces de ti mesmo, tendo presente o que fazes e o modo como vives, avaliando as tuas prioridades e os teus ideais, achas que Jesus pode dizer de ti: “não estás longe do reino de Deus”? E ralas-te, ao menos, com isso?

quinta-feira, novembro 02, 2006

A originalidade dos cristãos...

  • a sua FÉ naquilo em que o Deus de Jesus Cristo acredita,
  • a sua ESPERANÇA naquilo em que o Deus de Jesus Cristo Se compromete
  • o seu AMOR por aquilo que o Deus de Jesus Cristo ama!

terça-feira, outubro 31, 2006

Hoje é dia de pensar no céu...

Os horizontes da minha fé levam-me a suspirar pela felicidade suprema que é o CÉU.
• Sim, anseio por viver na casa do Pai, aquela casa onde existem muitas moradas, uma das quais está preparada e reservada uma para mim! Quem o revela é o próprio Jesus! E não quero que esse lugar, por culpa minha, fique vago por toda a eternidade!
• Sim, desejo habitar na nova Jerusalém, a cidade santa, onde não “haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor”.

Porém, para chegar à meta dos meus sonhos, os sonhos da minha fé, é necessário antecipar, tornando realidade na minha vida, quanto isso é possível neste mundo, o que é a realidade no Céu.

O Céu é ver a Deus face a face, tal como Ele é! Neste mundo, devo, pois, aprender a ver Deus nas obras da criação, nos acontecimentos da vida, na revelação da Escritura. Não posso chegar ao Céu e Deus ser completa-mente desconhecido para mim!
O Céu é viver em Deus, habitar na sua morada santa. Por isso, enquanto vivo neste mundo, devo aceitar que Deus habite em mim, reservando-lhe o melhor lugar do meu coração. Não posso entrar no Céu sem que Deus me seja, de algum modo, familiar!
O Céu é viver em perfeita comunhão com Deus e com todos aqueles que estão em Deus. Por conseguinte, enquanto habito na terra, devo viver com toda a intensidade possível o duplo mandamento do amor a Deus e do amor ao próximo.
O Céu é participar no banquete, na festa, na alegria de Deus. Na terra, eu tenho o banquete da Eucaristia. Esta é verdadeira Ceia do Senhor. Nela, Jesus oferece-se a mim e a todos como o alimento de vida eterna. A Eucaristia permite-me saborear, já na terra, como o Senhor é bom e, nessa mesma medida, prepara-me para o Banquete do Reino dos Céus.
O Céu é meta, é “alegria plena e delícias eternas”! Resta-me percorrer o caminho com perseverança e alegria!

INTERROGAÇÕES da FESTA DE TODOS OS SANTOS

  • Quais são as tuas expectativas em relação a Deus e à vida eterna?
  • Olhando para as criaturas, sentes curiosidade em conhecer o Criador?
  • Percorrendo a história da salvação, fixando-te no amor de Deus revelado em JC, sentes o desejo de te encontrar pessoalmente com Ele?
  • Ao olhares para ti, ao tomares consciência que Deus é a origem de toda a vida, que te mantém na existência e que te chama à vida eterna, sentes-te irresistivelmente impelido a caminhar para Ele?

Tu, cristão, pensa na vida eterna e olha para a multidão daqueles que já a alcançaram. Considera e verás que é possível e vale a pena lutar por este prémio. É uma insensatez do homem impedir Deus de lhe conceder tão grande dom!

Pára e medita em tudo o que Deus te propõe e quer para ti. Então, não só descobrirás as vantagens de viver sempre com Deus, como sentirás a necessidade de viver exclusivamente para Ele.

sexta-feira, outubro 27, 2006

ATENÇÃO: muda a hora.

No próximo fim-de-semana,
de Sábado para Domingo,
às 2 horas da manhã,
muda a hora legal de Verão para a hora de Inverno.

Os relógios atrasam 60 minutos

"Faz que eu veja"

Tu sabes que só é verdadeiramente cego aquele que não quer ver. Ora, há muitos baptizados que se comportam como cegos em relação a Jesus, pois não O desejam ver, não estão interessados em O conhecer e não querem comprometer-se com Ele.
E tu, conheces Jesus ao ponto de desejares conhecê-lo mais e melhor? Deixas que Ele te ilumine e te transforme com a sua verdade e o seu amor? Ou preferes permanecer no como-dismo da tua cegueira, aceitando e seguindo apenas as tuas verdades e as normas morais que mais te convêm?
Tu sabes que para quem não quer ver nada é evidente. Pergunto-te: Tu consegues ver a evidência de Deus, quando contemplas, se é que contemplas, a obra da criação? E essa evidência é suficiente para acreditares nele, para te maravilhares com Ele e para o louvares?
Tu consegues ver a evidência da divindade de Jesus, quando meditas, se é que meditas, o seu Evangelho, a sua vida e as suas obras, a sua morte e a sua ressurreição, o seu amor pelos homens? E essa evidência é suficiente para lhe confiares inteira-mente a tua vida, seguindo pelo seu caminho?
Tu sabes que um cego não pode guiar outro cego. Pergunto-te, pois: Tu, que és pai ou mãe, vês, conheces e crês o suficiente para poderes atrair, conduzir e aproximar os teus filhos de Deus? Achas que a tua vida, os teus valores e a tua moral constituem uma proposta válida e um caminho seguro para eles? Já pensastes que o teu desinteresse e o teu desleixo em relação à formação moral e espiritual dos teus filhos pode levá-los a viver à beira do caminho, à margem da vida, sem motivações nem ideais, destruindo-se a si próprios e hipotecan-do o seu futuro? E tu bem sabes que quando se chega a esta situação já há muito pouco a fazer?
Jesus escutou a voz do cego e da beira do caminho chamou-o para o caminho da vida, integrando-o na sociedade e devolvendo-lhe a sua dignidade.
Hoje e em cada dia, é a ti que Jesus dirige este convite, é a ti que Ele dá esta oportunidade. Não espera que lhe grites como o cego. Ele próprio toma a iniciativa, aproximando-se de ti e falando-te ao coração! Para ti, Jesus quer ser Luz e Caminho, porque não quer que caminhes nas trevas nem andes como as ovelhas sem pastor!
Seguindo Jesus, nele descobrirás a verdade e o sentido da tua vida, com Ele chegarás à meta e atingirás a felicidade plena.

quarta-feira, outubro 25, 2006

TODOS OS SANTOS - 1 Novembro

Nota História
«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).
Corramos para os irmãos que nos esperam
Que aproveitam aos Santos o nosso louvor, a nossa glorificação e até esta mesma solenidade? Para quê tributar honras terrenas a quem o Pai celeste glorifica, segundo a promessa verdadeira do Filho? De que lhes servem os nossos panegíricos? Os Santos não precisam das nossas honras e nada podemos oferecer lhes com a nossa devoção. Realmente, venerar a sua memória interessa-nos a nós e não a eles.
Por mim, confesso, com esta evocação sinto me inflamado por um anelo veemente.
O primeiro desejo que a recordação dos Santos excita ou aumenta em nós é o de gozar da sua amável companhia, de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem aventurados, de sermos integrados na assembleia dos Patriarcas, na falange dos Profetas, no senado dos Apóstolos, no inumerável exército dos Mártires, na comunidade dos Confessores, nos coros das Virgens; enfim, de nos reunirmos e nos alegrarmos na comunhão de todos os Santos.
Aguarda-nos aquela Igreja dos primogénitos e nós ficamos insensíveis; desejam os Santos a nossa companhia e nós pouco nos importamos; esperam nos os justos e nós parecemos indiferentes.
Despertemos, finalmente, irmãos. Ressuscitemos com Cristo, procuremos as coisas do alto, saboreemos as coisas do alto. Desejemos os que nos desejam, corramos para os que nos aguardam, preparemonos com as aspirações da nossa alma para entrar na presença daqueles que nos esperam...
Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 2: Opera omnia, Ed. Cisterc. 5[1968], 364-368 (Sec. XII)

sábado, outubro 21, 2006

A Diocese da Guarda aposta na Catequese com adultos

Hoje foi apresentado, em Gouveia, o livro que vai ser a base da Catequese com adultos durante este Ano Pastoral.

"Só conhecendo Jesus Cristo e a Boa Nova do Evangelho podemos viver com seriedade a nossa fé e dar razão da esperança que nos anima na vida de todos os dias"
+ Manuel R. Felício, Bispo da Guarda.
Temas:
  1. A fé do Povo de Deus;
  2. A revelação de Deus e a sua transmissão;
  3. Crer, a resposta do homem a Deus;
  4. Os símbolos da fé;
  5. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso;
  6. Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus;
  7. Jesus Cristo padeceu son Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado;
  8. Creio no Espírito Santo;
  9. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica;
  10. Creio na ressurreiçãda carne e na vida eterna.

“A caridade, alma da missão” é o tema do presente Dia Mundial das Missões”.

Tudo tem a sua origem no amor de Deus.
Segundo São João o amor de Deus para connosco mani-festou-se no facto de “ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por Ele”(1Jo 4,9).
Por sua vez, o Papa Bento XVI escreve: “O mandato de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos apóstolos depois da sua ressurreição, e os apóstolos, interiormente transformados graças ao poder do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, começaram a dar testemunho do senhor, morto e ressuscitado”.
Desde então, esta tem sido e continuará a ser a missão da Igreja e a missão de todos os cristãos: Anunciar Jesus Cristo e testemunhar o amor de Deus. Quem faz a experiência do amor de Deus, sente-se naturalmente impelido a dar testemunho dele diante dos homens. E quem vive a realidade do amor, nas múltiplas e variadas situações e relações do seu existir quotidiano, torna-se numa pregação viva e credível do Evangelho de Jesus.
E, assim, os homens, nos mais diferentes e recônditos lugares da terra, poderão conhecer Jesus e experimentar a força salvífica do amor de Deus.
  • Conheces Jesus Cristo ao ponto de te sentires fascinado e seduzido por Ele, pela sua vida e pelo seu Evangelho?
  • Sentes que Jesus é importante para a tua realização pessoal ao ponto de considerares que Ele também é necessário para os outros?
  • Reconheces que conhecer Cristo é um direito de todos os homens e dá-lo a conhecer é um dever de quem O conhece?
  • O teu espírito missionário limita-se à esmola que dás no peditório da Missa? Ou estende-se à oração frequente e, mais ainda, abrange o testemunho da tua vida quotidiana?
  • Tens consciência de que algumas pessoas poderão aproximar-se de Cristo ou afastar-se dele, vendo o que tu fazes em seu nome?
  • Sabes que a tua salvação depende, e muito, do que tu fazes pela salvação dos outros?

Jesus quer que, através da nossa vida e das nossas obras, os homens possam conhecer e glorificar o Pai que está no Céu!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Estamos para servir e não para ser servidos

Os apóstolos (apesar de andarem com Jesus e de conviverem com Ele) não estavam muito adiantados na virtude. Além disso, dão mostras de pouca inteligência ao não entenderem que o Reino de Deus não se rege pelos mesmos critérios dos reinos da terra.
Os dois irmãos Tiago e João apressam-se e antecipam-se a pedir a Jesus que lhes reserve os melhores lugares junto dele, quando estiver na sua glória. O pedido dos filhos de Zebedeu revela atrevimento e, diremos mesmo, abuso de confiança: “nós queremos que nos faças o que te vamos pedir”.
Julgando-se melhores do que os outros apóstolos ou pensando que Jesus tem por eles uma simpatia especial, como que O pressionam para lhes garantir o que Lhe pedem. Esquecem ou não sabem que o Céu não se consegue com cunhas!!
  • Movidos pelo ciúme e pela inveja, os outros apóstolos entram em conflito com Tiago e João. Zangam-se não tanto porque os dois irmãos pedem o que não devem, mas, certamente mais, porque cada um deles se considera também o melhor e tem a mesma pretensão!
  • A atitude de uns e a reacção dos outros revelam que ainda não tinham entendido a razão de ser da sua vocação nem, muito menos, vislumbravam o verdadeiro alcance da missão que Jesus lhes iria confiar.

Todos eles viam no facto de ser discípulos de Jesus uma oportunidade de sair do anonimato das suas vidas e de obter vantagens humanas. Também eles queriam ser um pouco como os senhores deste mundo!

Desiludido com eles e, ao mesmo tempo, desejoso de os esclarecer melhor, Jesus diz-lhes: “Não deve ser assim entre vós”. Os apóstolos não podem pensar, agir e reagir como os chefes das nações e os grandes da terra. Não podem ter os mesmos objectivos nem seguir os mesmos métodos.
Os senhores deste mundo não exercem o seu poder com sentido de missão e espírito de serviço. Pelo contrário, exercem o seu domínio e impõem a sua vontade, servem-se de quem deviam servir, para satisfazerem a sua ambição pessoal.
Se os apóstolos quiserem continuar com Jesus, os seus sonhos e ideais devem ser diferentes. Não podem preocupar-se e, muito menos, devem lutar pelos primeiros lugares. De outro modo, sentir-se-ão defraudados, pois Jesus não garante fama ou facilidades nem prestígio ou honrarias.

Jesus, o Filho do homem, encontra-se entre os homens não para ser servido pelos homens, mas para os servir e dar a vida por eles. Na verdade, embora sendo Filho de Deus, ao vir ao mundo dos homens, não reivindicou ser tratado como Deus, mas assumiu condição de servo.
Como Servo de Deus ao serviço dos homens, Jesus aceitou o caminho da humildade, do amor e do sofrimento. E por esse caminho realizou a redenção de todos. Assim, a grandeza de Jesus radica no amor, ou seja, no servir e dar a vida. Jesus é o maior e o primeiro, porque foi o que amou mais, para que todos pudessem viver em Deus.
Consequentemente, os apóstolos (se quiserem sonhar com as grandezas do Céu e não com as da terra) devem tb aceitar servir e dar a vida, ser escravos de todos, beber o cálice da paixão.

  • Seguir Jesus para continuar a sua missão exige a consagração radical de toda a vida ao serviço do Reino de Deus. Esta completa doação implica renúncia e sacrifício. E os discípulos de Jesus devem estar conscientes disso.
  • Mas ela garante também alegria e plena realização pessoal! Na verdade, Jesus promete aos discípulos, que deixaram tudo para o seguir e o seguem com fidelidade, uma larga recompensa no mundo presente, e, no mundo futuro, a vida eterna.

É esta recompensa e não outra que os apóstolos devem desejar e esperar. É na expectativa desta recompensa e não de qualquer outra que eles se devem dedicar inteiramente ao serviço do Reino de Deus. Porque só Jesus pode garantir esta recompensa aos homens, eles aceitam como missão dar a conhecer este Jesus a toda a criatura, proclamando o seu Evangelho em toda a terra.
Deste modo, eles devem afastar dos seus horizontes existenciais toda a espécie de ambição ou luta pelos primeiros lugares.

  • A grandeza do homem está mais no que ele faz pelos outros do que no que os outros fazem por ele!
  • A importância do homem não está nos lugares que ocupa, mas no contributo que dá para que o mundo seja melhor.
  • O poder do homem não se avalia pelo número de servos (ou de súbditos) que tem, mas pela intensidade e abrangência do seu amor!
  • O prestígio do homem não se mede pelas vezes que aparece na televisão, mas pelo facto de o seu nome estar ou não escrito no Céu!

(Domingo XXIX do Tempo Comum Ano b)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos

As obras do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos estão quase concluidas.
Esta era a chamada "Casa dos Retiros". Uma casa que traz à memória de muitas pessoas de Celorico da Beira grandes recordações.

Agora, passados tantos anos,queremos dar-lhe um novo aproveitamento. Por isso mesmo, também iremos adaptar o nome há nova situação "Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos". Já neste ano queremos, se for possível, que todos os alunos do Arciprestado do 5º e 6º ano tenham aqui catequese. É um objectivo ambicioso, mas estamos certos que com a ajuda de todos iremos conseguir concretizá-lo.

Ordenação dos primeiros Diáconos Permanentes - No próximo Domingo, na Diocese da Guarda

No próximo domingo, 22 de Outubro, vão ser ordenados os primeiros Diáconos permanentes na Diocese da Guarda. A cerimónia terá lugar na Sé Catedral, pelas 16.00 horas, e será presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda.
De acordo com o padre Joaquim António Duarte “dos onze homens que fizeram a sua preparação teológica, espiritual e pastoral, sete deles, irão receber o sacramento da ordem no grau de Diaconado. São eles: Amadeu Antunes (Tourais), António Diogo (Guarda), António Fernandes (Vale de Espinho), José Martins (Covilhã), Manuel Neves (São Miguel da Guarda), Manuel Castela (Guarda), Manuel Conceição (Soito). Além destes, mais quatro outros que fizeram também já a sua preparação continuarão a exercer o Ministério de Acólitos da santa Igreja por mais algum tempo e são: Luís Salvador (Fiães), Francisco Lambelho (Fundão), António Baltazar (Sequeira), José Leão (São Miguel da Guarda)”.
Recorde-se que o Diaconado Permanente aparece no início da Igreja, com a instituição dos sete Diáconos destinados de forma especial para servir “às mesas”. Mantiveram-se muito vivos na Igreja até ao século V. Começaram a desaparecer devido, sobretudo, ao aumento de presbíteros. O Concílio Vaticano II abriu as portas à sua restauração com o objectivo de enriquecer a Igreja com as funções do ministério diaconal, de reforçar com a graça da ordenação diaconal aqueles que, de facto, já exerciam funções Diaconais e de prover de ministros sagrados as regiões que sofriam de escassez de clero.
Fonte: Ecclesia

Dia 22: Dia Mundial das Missões

Evangelizar é anunciar o amor
Convencidos como estamos de que “a missão evangelizadora da Igreja é essencialmente o anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus”, como recorda, e muito bem, o Santo Padre na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra no próximo dia 22, urge assumir uma postura optimista na hora de partilharmos a nossa experiência de fé com quem ainda não descobriu Jesus Cristo e o seu Evangelho.
Afinal, os cristão são, há muito, o maior número entre as diversas religiões do mundo, com os seus mais de dois mil milhões de fiéis, num universo que já ultrapassa os seis mil milhões de habitantes. Cristãos, isto é, católicos, protestantes, ortodoxos e anglicanos, entre outros, são todos os que professam Jesus Cristo e O aceitam como Senhor e Redentor da humanidade.
É certo que a muitos níveis passamos a vida a menosprezar a acção dos cristãos, face à messe por desbravar, com lamúrias que não conduzem a nada, mas a verdade é que, se olharmos bem, a mensagem de salvação está presente nos mais variados cantos da Terra, espalhada por gente generosa que se entrega à missão com o exemplo de vida e com o fervor de quem acredita num mundo melhor, marcado pelos valores que dimanam do Evangelho.
Mas se é correcto valorizarmos tudo quanto tem sido feito pelos cristãos de várias correntes, também não podemos quedar-nos à sombra do trabalho por eles desenvolvido, como se tivéssemos o direito de nos alhear das nossas responsabilidades baptismais, que nos devem obrigar a estar com todos os que deixam tudo para servir a Boa Nova da Salvação anunciada há dois mil anos.
Cresce o número dos que ignoram Cristo
Diz o Papa que “o número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão”. De facto, apenas um terço da humanidade aceita Cristo, pelo que a tarefa evangelizadora tem ainda um longo caminho para percorrer, pelo nosso testemunho de vida, pela palavra, pela oração e pela partilha generosa.
Um dado curioso e que nos deve interpelar está no facto de o islamismo continuar a crescer, mesmo no ocidente, tendo no mundo já ultrapassado o próprio catolicismo. A isso não será alheio o seu fervor religioso e a vivência diária daquilo em que acredita, em perfeito contraste com a crescente indiferença dos cristãos. Por exemplo, na Diocese de Aveiro, com 310 mil habitantes, apenas participam nas eucaristias dominicais cerca de 80 mil. Os outros 230 mil ficam-se pelo grupo dos chamados “católicos não praticantes” ou de vivência cultual esporádica.
Quando falamos de missão no seio da Igreja, logo associamos a ideia da divulgação do Evangelho em África e na Ásia, sobretudo, quando, afinal, há tanto que fazer entre nós. E o trabalho a fazer tem de passar, antes do mais, pelo testemunho de fé no dia-a-dia, quer na defesa dos valores do cristianismo, quer mesmo nas opções políticas, sociais, artísticas e culturais.
Os cristãos têm de exorcizar o indiferentismo e o individualismo que campeiam nas comunidades religiosas, ao mesmo tempo que devem valorizar projectos de evangelização que apostem na defesa dos valores que têm suportado a nossa civilização.
Refere o Santo Padre que “nunca nos devemos envergonhar do Evangelho e nunca devemos ter medo de nos proclamarmos cristãos, silenciando a própria fé. Ao contrário, é necessário continuar a falar, alargar os espaços do anúncio da salvação, porque Jesus prometeu permanecer sempre e de qualquer forma presente entre os seus discípulos”.
Fernando Martins in Ecclesia

domingo, outubro 15, 2006

HORÁRIOS

Dia 15 - Eucaristia Dominical - 12.00 h

Obs: A missa semanal - Quintas-Feiras - 19.00 h

quarta-feira, outubro 11, 2006

“Deus torna possível os impossíveis do homem”.

1. “Aos homens é impossível, mas a Deus não...”. Um homem só por si, por mais bem que faça e por mais mérito que tenha, não pode salvar-se. A salvação do homem não pode ser obra do próprio homem.

• Só Deus, para quem tudo é possível, pode salvar o homem. A salvação do homem consiste em este ter pleno acesso à vida de Deus e viver eternamente no seu amor. Ora, só Deus pode, por sua iniciativa, absolutamente livre e gratuita, oferecer-se ao homem e acolher o homem na sua vida. Assim, a salvação do homem é obra de Deus.

• Só Deus pode salvar o homem. E não só pode como também quer e tudo faz para que tal aconteça. Deste modo, aquilo que é impossível torna-se possível.

2.”Que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?”
Se só Deus pode salvar e se a salvação é dom de Deus, tem realmente sentido a pergunta daquele homem? Pela resposta de Jesus, podemos concluir que sim, ou seja, o homem tem necessidade de saber o que deve fazer para que a salvação aconteça na sua vida.

• Na verdade, só Deus pode salvar, só Deus, no seu infinito amor, pode abrir ao homem as portas da vida eterna. No entanto, o homem precisa de acolher a oferta de Deus e de lhe corresponder com a sua vida, aderindo a Ele com toda a sua mente, com todo o seu coração e com todo o seu ser.
• Sim, Deus quer que todos os homens se salvem, mas não salva nenhum homem sem que este dê o seu consentimento, sem que este mostre com a sua vida que realmente quer ser salvo por Ele.
• Para que a salvação aconteça na sua vida, o homem precisa, antes de mais, cumprir os mandamentos. O cumprimento dos mandamentos está ao alcance do homem, de todos os homens.


3. Mas não basta o simples cumprimento dos mandamentos. Jesus exige algo mais e mais radical. Àquele homem, Jesus pede-lhe que se desprenda dos seus bens, que distribua o dinheiro pelos pobres e que, depois, já plenamente livre, O siga como discípulo.

• Com estas exigências, Jesus ensina-nos que o homem deve colocar Deus em primeiro lugar e amá-lo acima de todas as coisas. A riqueza:

  • Não pode ocupar o coração do homem, roubando o lugar que pertence a Deus.
  • Não pode tornar o homem cego em relação às necessidades dos pobres.
  • não deve impedir o homem de seguir Cristo com total liberdade interior, de alma e de coração.

Jesus afirma, com insistência e sem contemplações, que é muito difícil aos ricos entrar no reino de Deus. A riqueza é um obstáculo à salvação do homem, quando é adquirida injustamente, quando leva o homem a esquecer Deus ou a convencer-se de que não precisa de Deus, quando torna o coração do homem insensível à sorte do seu semelhante.

• Jesus liga a exigência do desprendimento ao convite a segui-l’O. E, facilmente, compreendemos este facto. Na verdade, sendo Ele o único Salvador, seguir Jesus, na fidelidade ao seu Evangelho, é condição indispensável para chegar à salvação de Deus.

4. “Quem pode então salvar-se?”
E tu, estás efectivamente preocupado com isso?
Queres realmente salvar-te?
Para tal, estás disposto a dar a Deus a oportunidade de te salvar?

“Que hei-de fazer?” Tu já sabes o que deves fazer, qual a atitude que deves assumir perante Deus, qual o caminho que deves percorrer.
Segue Jesus e sê coerente! Isto te basta!