Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

segunda-feira, agosto 27, 2007

Santa Mónica: Há muitas vias para chegar a Deus, até as lágrimas

No que nos diz acerca de sua Mãe, Sto. Agostinho mostra como as suas lágrimas obtiveram o pretendido: a sua própria conversão. Levou tempo, mas foi possível.

Neste dia de Sta. Mónica, uma homenagem a tantas mães que choram os (des)caminhos de seus filhos. Não esmoreçam.

A via lacrimarum consegue prodígios.
Deus não esquece quem tem a grandeza de chorar.
Deus enxuga as nossas lágrimas.
Amolece o nosso pranto.
A oração tem uma força incomensurável.
A oração, feita com fé, ajuda-nos a ultrapassar todos os obstáculos e barreiras, consegue maravilhas.

Não foi por acaso que Deus disse: "Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que procura encontra; e ao que bate, abrir-se-lhe-á ".

sábado, agosto 25, 2007

"O Cristianismo sociológico não é solução" D. Manuel Felício

2 mil fiéis da Guarda em Fátima

Mais de dois mil diocesanos participaram, a 22 e 23 de Agosto, na Peregrinação Anual da Diocese da Guarda ao Santuário de Fátima.

Na noite de Quarta-feira, 22 de Agosto, os peregrinos participaram, no Centro Pastoral Paulo VI, na celebração penitencial, com confissão individual, e na vigília nocturna que se lhe seguiu.

Na homilia da Eucaristia de Quinta-feira, celebrada no Recinto de Oração e na qual participaram mais de cinco mil pessoas (incluindo o grupo da Diocese da Guarda), D. Manuel Felício disse: “Estamos em peregrinação para louvar a Deus através de Nossa Senhora e para aprender com Ela quem é Jesus e como viver até às últimas consequências a Sua Mensagem Evangélica. Viemos de muitos lugares, cada um com as suas preocupações, com as suas esperanças e também com as suas dificuldades. Nossa Senhora a todos acolhe e tem com certeza para cada um a resposta de que precisa”.

Esta peregrinação ao Santuário de Fátima, realizada sempre na penúltima semana de Agosto, marca o início do novo Ano Pastoral na Diocese da Guarda. “Estamos a iniciar um novo Ano Pastoral, pois cada Ano Pastoral, em sintonia com o ritmo de funcionamento das escolas, leva-nos geralmente de Setembro a Julho. Este novo Ano é mais uma oportunidade que Deus nos dá pessoalmente, nas nossas famílias e nas nossas comunidades, para progredirmos no processo da conversão, da renovação pessoal e comunitária, pela identificação com Cristo e pela fidelidade no Seu seguimento”, afirmou D. Manuel Felício.

Esta fidelidade a Cristo, explicou o Prelado, é o que pretende a iniciação cristã, enquanto meio através do qual “cada um de nós fica a conhecer as verdades fundamentais da Fé, experimenta o gosto de a celebrar sobretudo nos Sacramentos e em particular na Eucaristia do Domingo; descobre que a sua prática de vida, o seu comportamento, tem de estar de acordo com a vontade de Cristo”.

“Todos damos diariamente conta de que o Cristianismo sociológico não é solução, como nunca foi; a única solução é criar condições para que a Fé seja uma escolha pessoal e cada um".

Fonte: ecclesia

sábado, agosto 18, 2007

"Eu vim trazer o fogo à terra que quero eu senão que se ascenda".

Esta é uma frase que facilmente pode ser manipulada pelos homens.
Ninguém, porém, a utilize para justificar os incêndios, as guerras, os terramotos, as calamidades ou as desavenças familiares...

Com esta afirmação, Jesus apresenta-se como sinal de contradição no interior da sociedade e da nossa própria família. Ele pelo que é e pelo que ensina exige que as pessoas tomem posição. Uns optarão por Jesus e outros contra. E é por isso que Ele será fonte de divisão...


Jesus provoca divisões porque:
  • anuncia a Verdade, as muitos não querem perder as vantagens da mentira.

  • proclama o Amor que não agrada àqueles que cultivam o egoísmo

  • defende a Justiça o que não convem àqueles que conseguem subir na vida à custa das injustiças;
  • incentiva à Solidariedade e isso não agrada àqueles que não tem vergonha de se aproveitarem da miséria dos outros (não sejamos insensíveis às vitimas do terramoto do Peru);
  • proclama a Paz que não agrada àqueles que só podem dominar com a violência;

  • proclama o Espírito de Pobreza que não agrada àqueles que põem na riqueza toda a sua confiança.

A Palavra de Deus continua a ser incómoda porque ela continua a ser denuncia dos individuos, das instituições, das estruturas, dos estados e da própria Igreja.

OS VERDADEIROS PROFETAS DE HOJE NÃO TÊM A VIDA FACILITADA. São desprezados, humilhados, redicularizados e até torturados e martirizados... Porém, a Carta aos Hebreus deixa-nos palavras de Esperança: "Tudo venceremos pela força da fé".

quinta-feira, agosto 16, 2007

BODAS DE OURO: Cardeal Saraiva Martins voltou à terra natal

Cinquenta anos depois de ter sido ordenado sacerdote, Saraiva Martins foi homenageado na Guarda.
Dom José Saraiva Martins encontrou-se ontem na Guarda. A deslocação do Cardeal à cidade deveu-se a um convite do actual bispo da Diocese, Dom Manuel Felício, para assinalar os 50 anos de sacerdócio de Dom José Saraiva Martins.
A eucaristia de Acção de Graças foi o grande momento das comemorações. A celebração decorreu na Sé Catedral da Guarda.
Mas da agenda do Cardeal constavam outras actividades. ainda antes da celebração eucarística, o Cardeal deslocou-se à sua terra natal, Gagos de Jarmelo, para o descerramento de uma lápide comemorativa da data, em homenagem a Dom José Saraiva.
O Cardeal seguiu depois para o Outeiro de São Miguel, onde evocou Dom João de Oliveira Matos, junto do túmulo onde este se encontra sepultado.

Mais tarde, participou numa sessão solene que contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, a Governadora Civil do Distrito, Maria do Carmo Borges, o Bispo de Coimbra, Dom Albino Cleto, e, claro, de Dom José Saraiva Martins. A cerimónia decorreu no Paço da Cultura da Guarda.
Já pela noite, o centro Apostólico Dom João de Oliveira Matos, recebeu um jantar comemorativo dos 50 anos de Sacerdócio do Cardeal.
A última visita do Cardeal ao distrito da Guarda aconteceu já em 2001, poucos meses depois de ter recebido a nomeação de Cardeal, tendo então sido recebido em grande euforia. A data da visita coincidiu então com a Festa de São Marcos, na freguesia de Gagos.
Após 12 anos de ausência da terra que o viu nascer, Dom José Saraiva Martins, chegou pelas 11H30 da manhã e foi recebido com ruas decoradas com flores e canto gregoriano nas mesmas. Tudo preparado para receberem o filho da terra. A chegada fez-se com uma tremenda ovação. As cerca de duas mil pessoas que aguardavam a chegada do Cardeal, apressaram-se a dirigirem-se a ele para o cumprimentarem e receberm a sua benção.
O cardeal foi recebido com pompa e circunstância e na recepção formal, confessou ser muito agradável voltar à casa e à terra onde nasceu e cresceu. No livro de honra da junta de Freguesia deixou registada uma mensagem onde agradecia a Deus ter nascido em Gagos e desejou, ainda, votos de progesso humano e social a todos os habitantes daquela aldeia do interior de Portugal.
Apesar da visita de Dom José Saraiva Martins ter coincidido com as festas do padroeiro de Gagos, São Marcos foi relegado para segundo plano, não por falta de fé no santo, mas porque a visita era do filho pródigo da terra. “São Marcos que nos desculpe desta vez, mas hoje a festa é sua”. Disse então um primo do cardeal, Jorge Saraiva, no final de um almoço de homenagem. Aos conterrâneos do Cardeal empolgava-os a ideia de que este pudesse, eventualmente, ser nomeado Papa. Apesar da crença de Dom José Saraiva Martins, que João Paulo II ainda ía assumir funções por muitos anos, apenas se ter cumprido por mais 4 anos, o Cardeal não foi nomeado Papa. Facto que não diminuiu o carinho que a população de Gagos sente por ele. Uma das figuras mais influentes no Vaticano, o Cardeal José Saraiva Martins, preside desde 1988 à Congregação dos Santos.

Dom José Saraiva Martins foi o primeiro português a estar à frente de uma congregação da Cúria Romana. Mas foi a nomeação de Cardeal que provocou maior orgulho nas gentes da terra. Em 2001, ano em que foi nomeado, a visita dos jornalistas à pequena aldeia da guarda, tornou-se quase uma rotina para os habitantes de Gagos.
A casa onde morou o cardeal, na Rua das Hortas era o local mais concorrido. Saído da terra com apenas 11 anos, o Cardeal apenas conclui o ensino primário na pequena localidade da Beira. Quando saiu de Gagos para ingressar no seminário de Alpendurada, em Macedo de Cavaleiros, provavelmente os conterrâneos da aldeia não imaginavam que se tornasse uma figura tão importante no Vaticano. Mas os habitantes de Gagos não faltaram a um dos momentos mais importantes na vida de Dom josé Saraiva Martins. Em 2001, organizaram uma excursão a Roma para assistirem à cerimónia de entrega das vestes cardinalícias.
A última visita do Cardeal, em 2001, aconteceu passados 12 anos da visita antecente. Agora com um intervalo de tempo mais curto, de apenas 6 anos, o Filho Pródigo de Gagos à casa torna e mais uma vez, para ser recebido em ambiente de festa.
50 anos depois de ter sido ordenado sacerdote, Dom José Saraiva Martins, recebe na sua terra natal, mais uma homenagem. A próxima gostavam os habitantes de Gagos que fosse pela nomeação de Papa do mais ilustre filho da terra.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Santa Teresa Benedita da Cruz - Edith Stein (1891-1942)

A Igreja Católica celebra hoje a festa litúrgica de Santa Teresa Benedita da Cruz - Edith Stein (1891-1942).

Nascida em Vrastilávia a 12 de Outubro de 1891, os seus pais eram de nacionalidade alemã e de religião hebraica. Foi educada na fé dos pais, mas no decurso dos anos tornou-se praticamente ateia, conservando muito elevados os valores éticos, mantendo uma conduta moralmente irrepreensível. De maneira brilhante obteve o doutoramento em filosofia e tornou-se assistente universitária do seu mestre, Edmund Husserl.

Incansável e perspicaz investigadora da verdade, através do estudo e da frequência dos fermentos cristãos e, por fim, através da leitura da autobiografia de Santa Teresa de Ávila, encontrou Jesus Cristo que resplandecia no mistério da cruz e, com jubilosa resolução, aderiu ao Evangelho.

Em 1922, recebeu o Baptismo na Igreja católica com o nome de Teresa: a sua vida mudou de modo radical. Os anos sucessivos foram despendidos no aprofundamento da doutrina cristã, no ensinamento, apostolado e publicação de estudos científicos, e numa intensa vida interior nutrida pela palavra de Deus e a oração.

Em 1933, coroou o desejo de se consagrar a Deus e entrou na Congregação das Carmelitas Descalças, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz, exprimindo assim, também com este nome, o ardente amor a Jesus crucificado e especial devoção a Santa Teresa de Ávila. Emitiu regularmente o voto de pobreza, obediência e castidade e, para realizar a sua consagração, caminhou com Deus na via da santidade.
Quando na Alemanha o nacional-socialismo exacerbou a louca perseguição contra os judeus, os superiores da Beata enviaram-na, por precaução, para o Carmelo de Echt, na Holanda. Impelida pela compaixão para com os seus irmãos judeus, não hesitou em oferecer-se a Deus como vítima, para suplicar a paz e a salvação para o seu povo, para a Igreja e para o mundo. A ocupação nazi da Holanda comportou o início do extermínio também para os judeus daquela Nação. Os Bispos holandeses protestaram energicamente com uma Carta pastoral, e as autoridades, por vingança, incluíram no programa de extermínio também os judeus de fé católica.

A 2 de Agosto de 1942, Edith Stein foi presa e internada no campo de concentração de Auschwitz, e juntamente com a irmã foi morta na câmara de gás no dia 9 de Agosto de 1942. Assim morreu como filha do seu povo martirizado e como filha da Igreja católica. «Judia, filósofa, religiosa, mártir — como foi afirmado por João Paulo II no dia da Beatificação, a 1 de Maio de 1987, em Colónia — a Beata Edith Stein representa a síntese dramática das feridas do nosso século. E, ao mesmo tempo, proclama a esperança de que é a cruz de Jesus Salvador que ilumina a história».

Nas férias fortaleça os lações de amizade