Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

sábado, novembro 25, 2006

ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE

No próximo dia 10 de Dezembro, a Associação Social de Apoio aos mais necessitados do concelho de Celorico da Beira, vai organizar um espectáculo de solidariedade com o objectivo de angariar fundos para os mais pobres do concelho.

Vem ao Centro Cultural de Celorico da Beira, participa no concerto da já famosa BANDA JOTA e ajuda assim os mais necessitados.

sexta-feira, novembro 24, 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

“Formação cristã/Catequese de Adultos”

Tendo em vista a implementação da catequese de adultos, nas paróquias da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício dirigiu uma carta a todos os fiéis, que será lida nas assembleias dominicais, na Festa de Cristo Rei ou no 1º Domingo do Advento.
O documento, com data de 19 de Novembro, refere: “Estimados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo: A graça e a alegria de Cristo Ressuscitado sejam a grande fonte de esperança para todos nós, quando terminamos um ano litúrgico e nos dispomos para começar outro. Dirijo-me hoje a todos vós que participais na celebração dominical para vos convidar a participar também na catequese paroquial. Assim como sentimos o dever e a necessidade de celebrar a Fé, principalmente na Eucaristia, também precisamos todos de cultivar a necessidade e cumprir o dever de aprofundar a mesma Fé pela catequese. A catequese é para nos ajudar a compreender a mensagem da Fé com a inteligência e a converter a nossa vida pessoal a partir do coração, para depois vivermos a prática de uma vida moral consequente.
Convido, por isso, a que, em todas as paróquias da nossa Diocese, ao lado da celebração dominical, que pode ser a vespertina de sábado, haja sessões de catequese de adultos, com a colaboração de catequistas devidamente apoiados e orientados pelos párocos e com a utilização do livro preparado na nossa Diocese para esse efeito e que leva o título de “Formação cristã/Catequese de Adultos”.
Da coragem com que formos capazes de dar este passo, depende em grande medida o futuro da vitalidade das nossas comunidades da Fé. Que Deus nos ajude a percorrer, desta maneira, com alegria e entusiasmo, os caminhos do futuro. Deixo-vos a promessa da minha oração e a bênção que imploro do Senhor para todos vós”.

sábado, novembro 18, 2006

Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração

Estamos a viver a semana de Oração pelos Seminários. Não pode esmorecer o interesse e o empenho dos cristãos em relação às vocações sacerdotais.
Continua e continuará sempre válido o mandamento de Jesus: “pedi ao senhor da Messe...”. É necessário pedir ao Senhor os sacerdotes que Ele nos quer dar. E Deus quer dar à Igreja sacerdotes segundo o seu coração.

Por conseguinte, não tem sentido nem é eficaz a oração, quando pedimos os sacerdotes que nós queremos, na quantidade e segundo o modelo que nos convém. A oração não é para convencer nem para pressionar Deus a fazer a nossa vontade. Pelo contrário, rezamos para que, também no que se refere aos sacerdotes, se faça a vontade de Deus “assim na terra como no Céu”.

Consequentemente, não rezamos bem nem assumimos a atitude correcta diante de Deus, quando:
  • pedimos mais sacerdotes para não ter que mudar nada na nossa vida nem nas nossas comunidades cristãs;
  • para não ter assumir o lugar e a missão que nos compete no seio da Igreja;
  • para não ter que aceitar que certos serviços e mi-nistérios sejam exercidos pelos leigos, apesar de específicos da sua missão;
  • para não termos que nos deslocar e celebrar a nossa fé noutros lugares e com os cristãos de outras comunidades.

É um contra senso exigir a Deus que nos dê sacerdotes para fazerem o que os leigos podem fazer; ou pedir sacerdotes para que possa haver a celebração da Eucaristia em todos os lugares, tantas vezes tão próximos, quando as pessoas podem e têm meios para se deslocarem.

Não podemos esperar que Deus escute a nossa oração e atenda os nossos pedidos, quando estes revelam o nosso egoísmo e a nossa falta de fé.

É, pois, indispensável a nossa conversão à vontade de Deus, pedindo e aceitando os sacerdotes que Deus quer chamar e enviar para a sua messe: discípulos fiéis de Cristo e servidores dedicados do Reino dos Céus.
São esses os únicos padres que a Igreja e o mundo precisam!
Dos outros, ainda há quantos baste!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Conheça os nossos Seminários (Fundão e Guarda)


Seminário é o grupo de Cristo com os Apóstolos, ensinando-lhes as coisas do Pai e do Mundo;
Seminário é aprendizagem orante de muitas coisas que Deus quer ensinar aqueles que Deus prepara para enviar;
Seminário é essencialmente relação viva com Deus Pai, com Deus Filho, com Deus Espírito Santo;
Seminário tem de conduzir a uma formação integral do Homem.
Seminário é iniciativa de Deus por meio da Igreja.
O SEMINÁRIO É O CORAÇÃO DA DIOCESE.

segunda-feira, novembro 13, 2006

São Martinho, muito mais que as castanhas

O calendário litúrgico aponta hoje, 11 de Novembro, para a celebração da festa litúrgica de São Martinho de Tours, Bispo e Confessor, figura muito querida da religiosidade popular e tradicionalmente associada ao “magusto”.
S. Martinho de Tours nasceu na Hungria, em 315, e faleceu, sendo Bispo de Tours, França, em 397. Este Santo era filho de um oficial romano que servia na Panónia, actual Hungria, e foi ele próprio militar. Dois anos depois de se ter convertido à fé católica e baptizado na Gália, deixou o exército e passou a levar vida solitária, sob a orientação espiritual de Santo Hilário de Poitiers.

Eleito mais tarde bispo de Tours, exerceu de modo admirável as suas funções de pastor, sendo considerado o iniciador da vida monástica na Gália e o grande evangelizador de França, país em que existem 3700 paróquias de que é padroeiro.

A sua fama de evangelizador e de fundador de mosteiros torna-se motivo para que os Beneditinos, nos séculos XI e XII, o transformem em orago e protector dos mosteiros que iam fundando ou refundando na Península Ibérica.

Na tradição popular, ficou célebre o episódio da partilha da sua capa de oficial de cavalaria romano com o mendigo que morria de frio, dando assim origem ao chamado “Verão de S. Martinho”.
Fonte: Ecclesia

quarta-feira, novembro 08, 2006

PROVÉRBIOS DE S. MARTINHO

  • A cada bacorinho vem o seu S. Martinho.
  • A cada porco vem o seu S. Martinho.
  • Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
  • Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
  • No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
  • No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
  • No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
  • No dia de S. Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho. (sic.)
  • No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.
  • No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.· No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho.· Pelo S. Martinho abatoca o pipinho.
  • Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
  • Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
  • Pelo S. Martinho nem nado nem no cabacinho.
  • Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já não te faz dano.
  • O Sete-Estrelo pelo S. Martinho, vai de bordo a bordinho; à meia-noite está a pino.
  • São Martinho, bispo; São Martinho, papa; S. Martinho rapa.*
  • Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
  • Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
  • Veräo de S. Martinho säo três dias e mais um bocadinho.
  • Vindima em Outubro que o S. Martinho to dirá.

* Na Ilha de S. Miguel, referência aos dias 11 (Dia de S. Martinho de Tours), 12 (dia de S.Martinho I, papa e mártir do séc. VII) ; e 13 deNovembro; “S. Martinho rapa” refere-se ao fim das festas da prova do vinho novo.

Bibliografia:
Machado, José Pedro -O Grande Livro dos Provérbios, Ed.Notícias, 1996 Moreira, António- Provérbios Portugueses, Ed. Notícias, 1996

O dia de S. Martinho: comemorações e tradições

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França.
Hoje em dia não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro, e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre )
Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma Basílica*, em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas à uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população.
O facto do seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura do calendário rural, em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda uma componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer.
Assim em Portugal, o dia de S. Martinho é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto, e o seu espírito de solidariedade lembrado quanto mais não seja, através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre, mas de resto, e por todo o lado, as pessoas andam ocupadas nas actividades mencionadas nos provérbios sobre este dia: assam-se castanhas, prova-se o vinho...
Sobre este tema, escreve o conceituado etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira (1910/1990) o seguinte: «O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)
Fonte: Manuel Ramos in http://smartinho.blogspot.com/

A Vida de S. Martinho

O conhecimento que se tem da vida de S. Martinho, apelidado de apóstolo da Gália, é devido principalmente ao seu primeiro e mais dedicado biógrafo, Sulpício Severo (c.360-c.420), historiador cristão de expressão latina, nascido na Aquitânia.
Quando conheceu S. Martinho já este era bispo, no entanto vivia fiel ao ideal monástico recolhendo-se longe do fasto do palácio episcopal. Sulpício era uma pessoa humilde sem privilégios nem riquezas mas S. Martinho não só o recebeu como lhe lavou as mãos antes de comer e mais tarde os pés. Desde então Sulpício Severo tornou-se seu discípulo, amigo e biógrafo. É graças a ele que hoje temos um relato precioso da vida deste SantoA Vida de S. Martinho de Sulpício Severo nunca teve tantos leitores como hoje em dia, pois circula na internet em latin e em pelo menos mais dois idiomas: francês e inglês.

Algumas datas mais importantes da vida de S. Martinho (Ver mais)
316 - Nasce S. Martinho, filho de um oficial romano, na Panónia (região da actual Húngria).
326- Com apenas 10 anos e por sua vontade torna-se catecúmeno (aspirante a cristão).
330- É obrigado a ir para o exército onde pratica o ideal cristão de humildade e generosidade.
337- Dá-se o episódio lendário em que S. Martinho partilha a sua capa de soldado com um pobre.

Em data indeterminada S. Martinho abandona o exército.
354- S. Martinho chega a Poitiers onde se desloca para se juntar a Santo Hilário. Mas logo a seguir vai para a Itália com o objectivo de rever a família e evangelizar os seus conterrâneos.
355-360- S. Martinho é expulso da sua própria terra (por causa do Arianismo) e passa um tempo isolado na ilha de Galinária, no meio do Mar Tirreno.
361- S. Hilário volta para Poitiers e S. Martinho também.361- Funda uma comunidade monástica (a primeira da Gália) em Ligugé, a 6 km de Poitiers.
371- S. Martinho torna-se Bispo de Tours, cargo que ocupará cerca de 26 anos até à sua morte.
372- Funda a comunidade monástica de Marmoutier, perto de Tours.397- S. Martinho morre em Candes perto de Tours. No dia 11 de Novembro é enterrado com pompa e circunstância na cidade de que fora Bispo durante mais de um quarto de século.


Há várias páginas na internet dedicadas a S. Martinho (ver).
Em língua portuguesa não abundam os textos biográficos sobre o santo. E excepto dois resumos biográficos que a seguir se transcrevem, apenas se encontraram mais três referências *.

1- O primeiro resumo biográfico encontra-se no conhecido (mas já em desuso) Missal de Dom Gaspar Lefebvre e foi transcrito de um artigo da autoria de Luís Chaves, intitulado "São Martinho de Tours", (publicado na Separata da Revista de Etnografia nº1 do Museu de Etnografia e História, em 1963)«São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares no Ocidente. No dizer de Durando de Mende, a liturgia consagra-lhe um lugar semelhante aos dos Apóstolos, por ter sido ele quem concluiu a evangelização das Gálias. A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de "verão de São Martinho", rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João. Tinha Oitava como S. Lourenço, porque S. Martinho, "pérola dos sacerdotes", era entre os Confessores o que S. Lourenço era entre os Mártires, o maior dos Confessores. Nasceu na Sabária Panónia) e veio para as Gálias como soldado.

Sendo ainda catecúmeno, deu um dia perto de Amiens a um pobre, que Ihe pedia esmola por amor de Cristo, metade da clâmide. Na noite seguinte, Jesus Cristo apareceu-lhe vestido com essa metade que ele dera ao pobre, e disse-lhe: "Martinho, sendo ainda catecúmeno, vestiu-me com este manto".

Recebeu o baptismo aos 18 anos. Depois de viajar pelo Oriente, onde se iniciou na vida monástica, faz por algum tempo vida de eremita numa ilha das costas da Ligúria. Finalmente, fez-se discípulo de Santo Hilário, que então florescia na cadeira episcopal de Poitiers e fundou no deserto de Ligugé, a duas léguas da sede do Bispado, um mosteiro para onde se retirou com alguns discípulos. Lançou assim os alicerces do monaquismo nas Gálias.

Mas Deus não queria que esta luz, ficasse oculta debaixo do alqueire, e S. Martinho foi arrancado à paz da solidão e revestido da dignidade episcopal, que lhe deu ensejo para desenvolver largamente os dotes do seu coração de apóstolo. Pregou o Evangelho pelos campos da Gália e extirpou de vez os resíduos tenazes do paganismo, que tinham resistido à investida cristã a coberto da superstição e da ignorância do povo. Colocado à frente da diocese de Tours, fundou a célebre abadia de Marmoutiers ou o grande mosteiro aonde com frequência se retirava para viver mais longe do mundo,e mais perto de Deus. Cercavam-no oitenta monges de vida santíssima, pautada pelo exemplo e regra dos eremitas da Tebaida.

Viveu mais de oitenta anos, ocupado sempre com a glória de Deus e a salvação das almas, e morreu em Candes, perto de Tours, em 397.

Ao seu túmulo afluíam de toda a parte peregrinações frequentes. Gregório de Tours, que lhe sucedeu, não hesita em chamar-lhe o "Patrono de todo o mundo". Poucos santos alcançaram a popularidade dele. Só em França há perto de mil igrejas paroquiais e 485 burgos e lugares com o seu nome. Em Roma é notável a igreja de S. Silvestre e S. Martinho, onde se faz a estação de quinta-feira da quarta semana da Quaresma.A capa de São Martinho era conduzida à frente dos exércitos em tempo de guerra e nela se pregavam os sermões solenes em tempo de paz. Símbolo da protecção, que S. Martinho dispensava à França, esta capa deu o nome ao oratório, que a guardava, e a todos os oratórios, ou "capelas"»
Para referir este artigo: Chaves, Luís -"São Martinho de Tours", in Separata da Revista de Etnografia nº1, Museu de Etnografia e História (1963)
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2- O segundo resumo biográfico é da autoria de Alves de Oliveira e encontra-se no vol. 13 da Enciclopédia Luso- Brasileira de Cultura (Verbo):«Martinho de Tours (São) -Bispo de Tours (n. actual Szambatkely, Hungria, 316 ou 317- m. Candes, França, 8.11.397).Filho de um oficial do exército romano e nascido num posto militar fronteiriço, após estudos humanísticos, em Pavia, aos 16 anos entrou para o exército quando já a sua vontade o inclinava a fazer-se monge (aos 10 anos inscrevera-se como catecúmeno). Em breve ganhou fama de taumaturgo.

Em Amiens, provavelmente em 338, durante uma ronda nocturna no rigor do Inverno encontrou um pobre seminu: não tendo à mão dinheiro para lhe valer, com a espada dividiu ao meio a sua clâmide que repartiu com o desconhecido.Na noite seguinte, em sonhos, viu Jesus, que disse:"Martinho, apesar de somente catecúmeno, cobriu-me com a sua capa.

"Recebeu o baptismo na Páscoa de 339, continuando como oficial da guarda imperial até aos 40 anos. Abandonando a vida castrense, foi ter com Sto. Hilário de Poitiers, que lhe conferiu ordens sacras e lhe deu possibilidade de levar vida monacal: nasceu, assim, o famoso Mosteiro de Ligugé. Eleito, por aclamação, bispo de Tours, foi sagrado provavelmente a 4.7.371.

Ardente propagador de fé, fundou, em Marmoutier, um mosteiro donde sairam notáveis missionários e reformadores. Demoliu templos pagãos e levantou mosteiros como sustentáculos da evangelização. Humilde e pacífico, manteve a sua independência perante o abuso da autoridade civil.

O fascínio das suas virtudes radicadas na generosidade do seu zelo, na nobreza de caracter e, sobretudo, na sua bondade ilimitada mantida para alem da morte na prodigalidade dos seus milagres, magnificamente descritas pelo seu discipulo Sulpício Severo, fez com que S. M. T. fosse durante muitos séculos o santo mais popular da Europa Ocidental. A sua memória litúrgica é a 11 de Novembro.»
Para referir este artigo: Oliveira, Alves de- "Martinho de Tours (São)", Enciclopédia Luso- Brasileira de Cultura, vol. 13 (Editorial Verbo)
* Biografias sobre S. Martinho (em língua portuguesa) :

  • Devailly, Guy (Santos, Joco trad.)- S. Martinho de Tours missionário (143 p.). Cucujães : Missões, D.L. 2001 (Tít. orig. : Martin de Tours, un missionaire)
  • Pinto, A. Teixeira (1891-?)- O manto de São Martinho (179 p.). Porto : Livr. Tavares Martins, 1938;

    e também:> Maia, Joco (1923- , S.J.) - A vida de S. Martinho (26 p.). Lisboa : Verbo, [D.L.1972] Colecção: ABC. Vida de santos ; 5)

sábado, novembro 04, 2006

“Muito bem, Mestre! Tens razão...” (31º Dom. Comum)

E tu, achas que Jesus tem razão no que te ensina e te propõe? Consideras que Ele é um Mestre que merece a tua confiança e a quem podes seguir incondicionalmente? És capaz de lhe dar razão, quando Ele questiona as tuas verdades, as tuas opções morais e os teus comportamen-tos, os teus pontos de vista sobre a vida, o casamento e a família?
É fácil dar a razão a Jesus estar de acordo com Ele, quando denuncia a hipocrisia e a vaidade dos fariseus, quando se insurge contra aqueles que ocupam os lugares que não lhe pertencem, quando condena a arrogância de herodes; quando defende a separação entre o poder religioso e o poder político (“daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”), quando toma a defesa dos pobres e oprimidos ou tenta incluir na sociedade aqueles que a sociedade marginaliza; quando Ele, desde a tua perspectiva, está a meter-se com os outros e a proteger os teus interesses.
E quando Jesus se mete contigo e exige mudanças na tua vida?
  • Dás a razão a Jesus, quando Ele te pede que ames os teus inimigos e que perdoes sem limites a quem te ofende? Ou quando, depois de te perdoar os teus pecados, te diz: “vai e não voltes a pecar” ?
  • Aprovas Jesus, quando Ele diz ao casal: “não separe o homem o que Deus uniu”? e quando exige a cada um dos cônjuges: “não cometerás adultério”? ou então, quando pede aos pais cristãos que eduquem os seus filhos segundo a lei de Deus?
  • Estás, ao menos, interessado em entender melhor as suas razões, as razões da verdade que Ele revela e das propostas de vida que Ele faz? Tens curiosidade suficiente para o interrogar e disponibilidade para escutar a sua resposta, como teve o escriba? Jesus pode responder às tuas perguntas nas respostas que já deu no Evangelho.
  • Pelo que conheces de ti mesmo, tendo presente o que fazes e o modo como vives, avaliando as tuas prioridades e os teus ideais, achas que Jesus pode dizer de ti: “não estás longe do reino de Deus”? E ralas-te, ao menos, com isso?

quinta-feira, novembro 02, 2006

A originalidade dos cristãos...

  • a sua FÉ naquilo em que o Deus de Jesus Cristo acredita,
  • a sua ESPERANÇA naquilo em que o Deus de Jesus Cristo Se compromete
  • o seu AMOR por aquilo que o Deus de Jesus Cristo ama!