Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

terça-feira, outubro 31, 2006

Hoje é dia de pensar no céu...

Os horizontes da minha fé levam-me a suspirar pela felicidade suprema que é o CÉU.
• Sim, anseio por viver na casa do Pai, aquela casa onde existem muitas moradas, uma das quais está preparada e reservada uma para mim! Quem o revela é o próprio Jesus! E não quero que esse lugar, por culpa minha, fique vago por toda a eternidade!
• Sim, desejo habitar na nova Jerusalém, a cidade santa, onde não “haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor”.

Porém, para chegar à meta dos meus sonhos, os sonhos da minha fé, é necessário antecipar, tornando realidade na minha vida, quanto isso é possível neste mundo, o que é a realidade no Céu.

O Céu é ver a Deus face a face, tal como Ele é! Neste mundo, devo, pois, aprender a ver Deus nas obras da criação, nos acontecimentos da vida, na revelação da Escritura. Não posso chegar ao Céu e Deus ser completa-mente desconhecido para mim!
O Céu é viver em Deus, habitar na sua morada santa. Por isso, enquanto vivo neste mundo, devo aceitar que Deus habite em mim, reservando-lhe o melhor lugar do meu coração. Não posso entrar no Céu sem que Deus me seja, de algum modo, familiar!
O Céu é viver em perfeita comunhão com Deus e com todos aqueles que estão em Deus. Por conseguinte, enquanto habito na terra, devo viver com toda a intensidade possível o duplo mandamento do amor a Deus e do amor ao próximo.
O Céu é participar no banquete, na festa, na alegria de Deus. Na terra, eu tenho o banquete da Eucaristia. Esta é verdadeira Ceia do Senhor. Nela, Jesus oferece-se a mim e a todos como o alimento de vida eterna. A Eucaristia permite-me saborear, já na terra, como o Senhor é bom e, nessa mesma medida, prepara-me para o Banquete do Reino dos Céus.
O Céu é meta, é “alegria plena e delícias eternas”! Resta-me percorrer o caminho com perseverança e alegria!

INTERROGAÇÕES da FESTA DE TODOS OS SANTOS

  • Quais são as tuas expectativas em relação a Deus e à vida eterna?
  • Olhando para as criaturas, sentes curiosidade em conhecer o Criador?
  • Percorrendo a história da salvação, fixando-te no amor de Deus revelado em JC, sentes o desejo de te encontrar pessoalmente com Ele?
  • Ao olhares para ti, ao tomares consciência que Deus é a origem de toda a vida, que te mantém na existência e que te chama à vida eterna, sentes-te irresistivelmente impelido a caminhar para Ele?

Tu, cristão, pensa na vida eterna e olha para a multidão daqueles que já a alcançaram. Considera e verás que é possível e vale a pena lutar por este prémio. É uma insensatez do homem impedir Deus de lhe conceder tão grande dom!

Pára e medita em tudo o que Deus te propõe e quer para ti. Então, não só descobrirás as vantagens de viver sempre com Deus, como sentirás a necessidade de viver exclusivamente para Ele.

sexta-feira, outubro 27, 2006

ATENÇÃO: muda a hora.

No próximo fim-de-semana,
de Sábado para Domingo,
às 2 horas da manhã,
muda a hora legal de Verão para a hora de Inverno.

Os relógios atrasam 60 minutos

"Faz que eu veja"

Tu sabes que só é verdadeiramente cego aquele que não quer ver. Ora, há muitos baptizados que se comportam como cegos em relação a Jesus, pois não O desejam ver, não estão interessados em O conhecer e não querem comprometer-se com Ele.
E tu, conheces Jesus ao ponto de desejares conhecê-lo mais e melhor? Deixas que Ele te ilumine e te transforme com a sua verdade e o seu amor? Ou preferes permanecer no como-dismo da tua cegueira, aceitando e seguindo apenas as tuas verdades e as normas morais que mais te convêm?
Tu sabes que para quem não quer ver nada é evidente. Pergunto-te: Tu consegues ver a evidência de Deus, quando contemplas, se é que contemplas, a obra da criação? E essa evidência é suficiente para acreditares nele, para te maravilhares com Ele e para o louvares?
Tu consegues ver a evidência da divindade de Jesus, quando meditas, se é que meditas, o seu Evangelho, a sua vida e as suas obras, a sua morte e a sua ressurreição, o seu amor pelos homens? E essa evidência é suficiente para lhe confiares inteira-mente a tua vida, seguindo pelo seu caminho?
Tu sabes que um cego não pode guiar outro cego. Pergunto-te, pois: Tu, que és pai ou mãe, vês, conheces e crês o suficiente para poderes atrair, conduzir e aproximar os teus filhos de Deus? Achas que a tua vida, os teus valores e a tua moral constituem uma proposta válida e um caminho seguro para eles? Já pensastes que o teu desinteresse e o teu desleixo em relação à formação moral e espiritual dos teus filhos pode levá-los a viver à beira do caminho, à margem da vida, sem motivações nem ideais, destruindo-se a si próprios e hipotecan-do o seu futuro? E tu bem sabes que quando se chega a esta situação já há muito pouco a fazer?
Jesus escutou a voz do cego e da beira do caminho chamou-o para o caminho da vida, integrando-o na sociedade e devolvendo-lhe a sua dignidade.
Hoje e em cada dia, é a ti que Jesus dirige este convite, é a ti que Ele dá esta oportunidade. Não espera que lhe grites como o cego. Ele próprio toma a iniciativa, aproximando-se de ti e falando-te ao coração! Para ti, Jesus quer ser Luz e Caminho, porque não quer que caminhes nas trevas nem andes como as ovelhas sem pastor!
Seguindo Jesus, nele descobrirás a verdade e o sentido da tua vida, com Ele chegarás à meta e atingirás a felicidade plena.

quarta-feira, outubro 25, 2006

TODOS OS SANTOS - 1 Novembro

Nota História
«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).
Corramos para os irmãos que nos esperam
Que aproveitam aos Santos o nosso louvor, a nossa glorificação e até esta mesma solenidade? Para quê tributar honras terrenas a quem o Pai celeste glorifica, segundo a promessa verdadeira do Filho? De que lhes servem os nossos panegíricos? Os Santos não precisam das nossas honras e nada podemos oferecer lhes com a nossa devoção. Realmente, venerar a sua memória interessa-nos a nós e não a eles.
Por mim, confesso, com esta evocação sinto me inflamado por um anelo veemente.
O primeiro desejo que a recordação dos Santos excita ou aumenta em nós é o de gozar da sua amável companhia, de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem aventurados, de sermos integrados na assembleia dos Patriarcas, na falange dos Profetas, no senado dos Apóstolos, no inumerável exército dos Mártires, na comunidade dos Confessores, nos coros das Virgens; enfim, de nos reunirmos e nos alegrarmos na comunhão de todos os Santos.
Aguarda-nos aquela Igreja dos primogénitos e nós ficamos insensíveis; desejam os Santos a nossa companhia e nós pouco nos importamos; esperam nos os justos e nós parecemos indiferentes.
Despertemos, finalmente, irmãos. Ressuscitemos com Cristo, procuremos as coisas do alto, saboreemos as coisas do alto. Desejemos os que nos desejam, corramos para os que nos aguardam, preparemonos com as aspirações da nossa alma para entrar na presença daqueles que nos esperam...
Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 2: Opera omnia, Ed. Cisterc. 5[1968], 364-368 (Sec. XII)

sábado, outubro 21, 2006

A Diocese da Guarda aposta na Catequese com adultos

Hoje foi apresentado, em Gouveia, o livro que vai ser a base da Catequese com adultos durante este Ano Pastoral.

"Só conhecendo Jesus Cristo e a Boa Nova do Evangelho podemos viver com seriedade a nossa fé e dar razão da esperança que nos anima na vida de todos os dias"
+ Manuel R. Felício, Bispo da Guarda.
Temas:
  1. A fé do Povo de Deus;
  2. A revelação de Deus e a sua transmissão;
  3. Crer, a resposta do homem a Deus;
  4. Os símbolos da fé;
  5. Creio em Deus Pai Todo-Poderoso;
  6. Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus;
  7. Jesus Cristo padeceu son Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado;
  8. Creio no Espírito Santo;
  9. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica;
  10. Creio na ressurreiçãda carne e na vida eterna.

“A caridade, alma da missão” é o tema do presente Dia Mundial das Missões”.

Tudo tem a sua origem no amor de Deus.
Segundo São João o amor de Deus para connosco mani-festou-se no facto de “ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por Ele”(1Jo 4,9).
Por sua vez, o Papa Bento XVI escreve: “O mandato de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos apóstolos depois da sua ressurreição, e os apóstolos, interiormente transformados graças ao poder do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, começaram a dar testemunho do senhor, morto e ressuscitado”.
Desde então, esta tem sido e continuará a ser a missão da Igreja e a missão de todos os cristãos: Anunciar Jesus Cristo e testemunhar o amor de Deus. Quem faz a experiência do amor de Deus, sente-se naturalmente impelido a dar testemunho dele diante dos homens. E quem vive a realidade do amor, nas múltiplas e variadas situações e relações do seu existir quotidiano, torna-se numa pregação viva e credível do Evangelho de Jesus.
E, assim, os homens, nos mais diferentes e recônditos lugares da terra, poderão conhecer Jesus e experimentar a força salvífica do amor de Deus.
  • Conheces Jesus Cristo ao ponto de te sentires fascinado e seduzido por Ele, pela sua vida e pelo seu Evangelho?
  • Sentes que Jesus é importante para a tua realização pessoal ao ponto de considerares que Ele também é necessário para os outros?
  • Reconheces que conhecer Cristo é um direito de todos os homens e dá-lo a conhecer é um dever de quem O conhece?
  • O teu espírito missionário limita-se à esmola que dás no peditório da Missa? Ou estende-se à oração frequente e, mais ainda, abrange o testemunho da tua vida quotidiana?
  • Tens consciência de que algumas pessoas poderão aproximar-se de Cristo ou afastar-se dele, vendo o que tu fazes em seu nome?
  • Sabes que a tua salvação depende, e muito, do que tu fazes pela salvação dos outros?

Jesus quer que, através da nossa vida e das nossas obras, os homens possam conhecer e glorificar o Pai que está no Céu!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Estamos para servir e não para ser servidos

Os apóstolos (apesar de andarem com Jesus e de conviverem com Ele) não estavam muito adiantados na virtude. Além disso, dão mostras de pouca inteligência ao não entenderem que o Reino de Deus não se rege pelos mesmos critérios dos reinos da terra.
Os dois irmãos Tiago e João apressam-se e antecipam-se a pedir a Jesus que lhes reserve os melhores lugares junto dele, quando estiver na sua glória. O pedido dos filhos de Zebedeu revela atrevimento e, diremos mesmo, abuso de confiança: “nós queremos que nos faças o que te vamos pedir”.
Julgando-se melhores do que os outros apóstolos ou pensando que Jesus tem por eles uma simpatia especial, como que O pressionam para lhes garantir o que Lhe pedem. Esquecem ou não sabem que o Céu não se consegue com cunhas!!
  • Movidos pelo ciúme e pela inveja, os outros apóstolos entram em conflito com Tiago e João. Zangam-se não tanto porque os dois irmãos pedem o que não devem, mas, certamente mais, porque cada um deles se considera também o melhor e tem a mesma pretensão!
  • A atitude de uns e a reacção dos outros revelam que ainda não tinham entendido a razão de ser da sua vocação nem, muito menos, vislumbravam o verdadeiro alcance da missão que Jesus lhes iria confiar.

Todos eles viam no facto de ser discípulos de Jesus uma oportunidade de sair do anonimato das suas vidas e de obter vantagens humanas. Também eles queriam ser um pouco como os senhores deste mundo!

Desiludido com eles e, ao mesmo tempo, desejoso de os esclarecer melhor, Jesus diz-lhes: “Não deve ser assim entre vós”. Os apóstolos não podem pensar, agir e reagir como os chefes das nações e os grandes da terra. Não podem ter os mesmos objectivos nem seguir os mesmos métodos.
Os senhores deste mundo não exercem o seu poder com sentido de missão e espírito de serviço. Pelo contrário, exercem o seu domínio e impõem a sua vontade, servem-se de quem deviam servir, para satisfazerem a sua ambição pessoal.
Se os apóstolos quiserem continuar com Jesus, os seus sonhos e ideais devem ser diferentes. Não podem preocupar-se e, muito menos, devem lutar pelos primeiros lugares. De outro modo, sentir-se-ão defraudados, pois Jesus não garante fama ou facilidades nem prestígio ou honrarias.

Jesus, o Filho do homem, encontra-se entre os homens não para ser servido pelos homens, mas para os servir e dar a vida por eles. Na verdade, embora sendo Filho de Deus, ao vir ao mundo dos homens, não reivindicou ser tratado como Deus, mas assumiu condição de servo.
Como Servo de Deus ao serviço dos homens, Jesus aceitou o caminho da humildade, do amor e do sofrimento. E por esse caminho realizou a redenção de todos. Assim, a grandeza de Jesus radica no amor, ou seja, no servir e dar a vida. Jesus é o maior e o primeiro, porque foi o que amou mais, para que todos pudessem viver em Deus.
Consequentemente, os apóstolos (se quiserem sonhar com as grandezas do Céu e não com as da terra) devem tb aceitar servir e dar a vida, ser escravos de todos, beber o cálice da paixão.

  • Seguir Jesus para continuar a sua missão exige a consagração radical de toda a vida ao serviço do Reino de Deus. Esta completa doação implica renúncia e sacrifício. E os discípulos de Jesus devem estar conscientes disso.
  • Mas ela garante também alegria e plena realização pessoal! Na verdade, Jesus promete aos discípulos, que deixaram tudo para o seguir e o seguem com fidelidade, uma larga recompensa no mundo presente, e, no mundo futuro, a vida eterna.

É esta recompensa e não outra que os apóstolos devem desejar e esperar. É na expectativa desta recompensa e não de qualquer outra que eles se devem dedicar inteiramente ao serviço do Reino de Deus. Porque só Jesus pode garantir esta recompensa aos homens, eles aceitam como missão dar a conhecer este Jesus a toda a criatura, proclamando o seu Evangelho em toda a terra.
Deste modo, eles devem afastar dos seus horizontes existenciais toda a espécie de ambição ou luta pelos primeiros lugares.

  • A grandeza do homem está mais no que ele faz pelos outros do que no que os outros fazem por ele!
  • A importância do homem não está nos lugares que ocupa, mas no contributo que dá para que o mundo seja melhor.
  • O poder do homem não se avalia pelo número de servos (ou de súbditos) que tem, mas pela intensidade e abrangência do seu amor!
  • O prestígio do homem não se mede pelas vezes que aparece na televisão, mas pelo facto de o seu nome estar ou não escrito no Céu!

(Domingo XXIX do Tempo Comum Ano b)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos

As obras do Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos estão quase concluidas.
Esta era a chamada "Casa dos Retiros". Uma casa que traz à memória de muitas pessoas de Celorico da Beira grandes recordações.

Agora, passados tantos anos,queremos dar-lhe um novo aproveitamento. Por isso mesmo, também iremos adaptar o nome há nova situação "Centro Pastoral D. João de Oliveira Matos". Já neste ano queremos, se for possível, que todos os alunos do Arciprestado do 5º e 6º ano tenham aqui catequese. É um objectivo ambicioso, mas estamos certos que com a ajuda de todos iremos conseguir concretizá-lo.

Ordenação dos primeiros Diáconos Permanentes - No próximo Domingo, na Diocese da Guarda

No próximo domingo, 22 de Outubro, vão ser ordenados os primeiros Diáconos permanentes na Diocese da Guarda. A cerimónia terá lugar na Sé Catedral, pelas 16.00 horas, e será presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda.
De acordo com o padre Joaquim António Duarte “dos onze homens que fizeram a sua preparação teológica, espiritual e pastoral, sete deles, irão receber o sacramento da ordem no grau de Diaconado. São eles: Amadeu Antunes (Tourais), António Diogo (Guarda), António Fernandes (Vale de Espinho), José Martins (Covilhã), Manuel Neves (São Miguel da Guarda), Manuel Castela (Guarda), Manuel Conceição (Soito). Além destes, mais quatro outros que fizeram também já a sua preparação continuarão a exercer o Ministério de Acólitos da santa Igreja por mais algum tempo e são: Luís Salvador (Fiães), Francisco Lambelho (Fundão), António Baltazar (Sequeira), José Leão (São Miguel da Guarda)”.
Recorde-se que o Diaconado Permanente aparece no início da Igreja, com a instituição dos sete Diáconos destinados de forma especial para servir “às mesas”. Mantiveram-se muito vivos na Igreja até ao século V. Começaram a desaparecer devido, sobretudo, ao aumento de presbíteros. O Concílio Vaticano II abriu as portas à sua restauração com o objectivo de enriquecer a Igreja com as funções do ministério diaconal, de reforçar com a graça da ordenação diaconal aqueles que, de facto, já exerciam funções Diaconais e de prover de ministros sagrados as regiões que sofriam de escassez de clero.
Fonte: Ecclesia

Dia 22: Dia Mundial das Missões

Evangelizar é anunciar o amor
Convencidos como estamos de que “a missão evangelizadora da Igreja é essencialmente o anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus”, como recorda, e muito bem, o Santo Padre na sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra no próximo dia 22, urge assumir uma postura optimista na hora de partilharmos a nossa experiência de fé com quem ainda não descobriu Jesus Cristo e o seu Evangelho.
Afinal, os cristão são, há muito, o maior número entre as diversas religiões do mundo, com os seus mais de dois mil milhões de fiéis, num universo que já ultrapassa os seis mil milhões de habitantes. Cristãos, isto é, católicos, protestantes, ortodoxos e anglicanos, entre outros, são todos os que professam Jesus Cristo e O aceitam como Senhor e Redentor da humanidade.
É certo que a muitos níveis passamos a vida a menosprezar a acção dos cristãos, face à messe por desbravar, com lamúrias que não conduzem a nada, mas a verdade é que, se olharmos bem, a mensagem de salvação está presente nos mais variados cantos da Terra, espalhada por gente generosa que se entrega à missão com o exemplo de vida e com o fervor de quem acredita num mundo melhor, marcado pelos valores que dimanam do Evangelho.
Mas se é correcto valorizarmos tudo quanto tem sido feito pelos cristãos de várias correntes, também não podemos quedar-nos à sombra do trabalho por eles desenvolvido, como se tivéssemos o direito de nos alhear das nossas responsabilidades baptismais, que nos devem obrigar a estar com todos os que deixam tudo para servir a Boa Nova da Salvação anunciada há dois mil anos.
Cresce o número dos que ignoram Cristo
Diz o Papa que “o número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão”. De facto, apenas um terço da humanidade aceita Cristo, pelo que a tarefa evangelizadora tem ainda um longo caminho para percorrer, pelo nosso testemunho de vida, pela palavra, pela oração e pela partilha generosa.
Um dado curioso e que nos deve interpelar está no facto de o islamismo continuar a crescer, mesmo no ocidente, tendo no mundo já ultrapassado o próprio catolicismo. A isso não será alheio o seu fervor religioso e a vivência diária daquilo em que acredita, em perfeito contraste com a crescente indiferença dos cristãos. Por exemplo, na Diocese de Aveiro, com 310 mil habitantes, apenas participam nas eucaristias dominicais cerca de 80 mil. Os outros 230 mil ficam-se pelo grupo dos chamados “católicos não praticantes” ou de vivência cultual esporádica.
Quando falamos de missão no seio da Igreja, logo associamos a ideia da divulgação do Evangelho em África e na Ásia, sobretudo, quando, afinal, há tanto que fazer entre nós. E o trabalho a fazer tem de passar, antes do mais, pelo testemunho de fé no dia-a-dia, quer na defesa dos valores do cristianismo, quer mesmo nas opções políticas, sociais, artísticas e culturais.
Os cristãos têm de exorcizar o indiferentismo e o individualismo que campeiam nas comunidades religiosas, ao mesmo tempo que devem valorizar projectos de evangelização que apostem na defesa dos valores que têm suportado a nossa civilização.
Refere o Santo Padre que “nunca nos devemos envergonhar do Evangelho e nunca devemos ter medo de nos proclamarmos cristãos, silenciando a própria fé. Ao contrário, é necessário continuar a falar, alargar os espaços do anúncio da salvação, porque Jesus prometeu permanecer sempre e de qualquer forma presente entre os seus discípulos”.
Fernando Martins in Ecclesia

domingo, outubro 15, 2006

HORÁRIOS

Dia 15 - Eucaristia Dominical - 12.00 h

Obs: A missa semanal - Quintas-Feiras - 19.00 h

quarta-feira, outubro 11, 2006

“Deus torna possível os impossíveis do homem”.

1. “Aos homens é impossível, mas a Deus não...”. Um homem só por si, por mais bem que faça e por mais mérito que tenha, não pode salvar-se. A salvação do homem não pode ser obra do próprio homem.

• Só Deus, para quem tudo é possível, pode salvar o homem. A salvação do homem consiste em este ter pleno acesso à vida de Deus e viver eternamente no seu amor. Ora, só Deus pode, por sua iniciativa, absolutamente livre e gratuita, oferecer-se ao homem e acolher o homem na sua vida. Assim, a salvação do homem é obra de Deus.

• Só Deus pode salvar o homem. E não só pode como também quer e tudo faz para que tal aconteça. Deste modo, aquilo que é impossível torna-se possível.

2.”Que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?”
Se só Deus pode salvar e se a salvação é dom de Deus, tem realmente sentido a pergunta daquele homem? Pela resposta de Jesus, podemos concluir que sim, ou seja, o homem tem necessidade de saber o que deve fazer para que a salvação aconteça na sua vida.

• Na verdade, só Deus pode salvar, só Deus, no seu infinito amor, pode abrir ao homem as portas da vida eterna. No entanto, o homem precisa de acolher a oferta de Deus e de lhe corresponder com a sua vida, aderindo a Ele com toda a sua mente, com todo o seu coração e com todo o seu ser.
• Sim, Deus quer que todos os homens se salvem, mas não salva nenhum homem sem que este dê o seu consentimento, sem que este mostre com a sua vida que realmente quer ser salvo por Ele.
• Para que a salvação aconteça na sua vida, o homem precisa, antes de mais, cumprir os mandamentos. O cumprimento dos mandamentos está ao alcance do homem, de todos os homens.


3. Mas não basta o simples cumprimento dos mandamentos. Jesus exige algo mais e mais radical. Àquele homem, Jesus pede-lhe que se desprenda dos seus bens, que distribua o dinheiro pelos pobres e que, depois, já plenamente livre, O siga como discípulo.

• Com estas exigências, Jesus ensina-nos que o homem deve colocar Deus em primeiro lugar e amá-lo acima de todas as coisas. A riqueza:

  • Não pode ocupar o coração do homem, roubando o lugar que pertence a Deus.
  • Não pode tornar o homem cego em relação às necessidades dos pobres.
  • não deve impedir o homem de seguir Cristo com total liberdade interior, de alma e de coração.

Jesus afirma, com insistência e sem contemplações, que é muito difícil aos ricos entrar no reino de Deus. A riqueza é um obstáculo à salvação do homem, quando é adquirida injustamente, quando leva o homem a esquecer Deus ou a convencer-se de que não precisa de Deus, quando torna o coração do homem insensível à sorte do seu semelhante.

• Jesus liga a exigência do desprendimento ao convite a segui-l’O. E, facilmente, compreendemos este facto. Na verdade, sendo Ele o único Salvador, seguir Jesus, na fidelidade ao seu Evangelho, é condição indispensável para chegar à salvação de Deus.

4. “Quem pode então salvar-se?”
E tu, estás efectivamente preocupado com isso?
Queres realmente salvar-te?
Para tal, estás disposto a dar a Deus a oportunidade de te salvar?

“Que hei-de fazer?” Tu já sabes o que deves fazer, qual a atitude que deves assumir perante Deus, qual o caminho que deves percorrer.
Segue Jesus e sê coerente! Isto te basta!

sexta-feira, outubro 06, 2006

A FAMILIA NO PLANO DE DEUS

Vivemos num tempo em que os Valores da família são por muitos ignorados ou esquecidos.
As leituras bíblicas de hoje nos dão a oportunidade de refletir sobre a dignidade do Matrimônio cristão, dentro do maravilhoso Plano de Deus..

A 1 leitura fala-nos de Deus que criou o Homem e a Mulher, para se completarem, para se ajudarem, para se amarem. (Gn 2,18-24)
- Apesar de possuir o domínio sobre todas as criaturas, o homem não está plenamente realizado. Sente uma profunda SOLIDÃO.
- DEUS preenche a sua solidão, ao criar a mulher, dotada da mesma natureza e da mesma dignidade. Homem e Mulher complementam-se e os dois juntos levam a bom termo a obra do Criador.

* O texto não é uma reportagem dos factos passados, mas uma CATEQUESE.

1) A solidão é uma experiência terrível para a pessoa humana. Mesmo na abundância de bens materiais, o homem não é feliz. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. É na partilha de vida e de amor que o homem encontra a realização plena de sua existência.

2) Homem e mulher são iguais em dignidade. Eles são "da mesma carne", iguais no seu ser, partícipes do mesmo destino; completam-se um ao outro e ajudam-se mutuamente para atingirem a realização. Esta realidade exige que homem e mulher se respeitem e exclui qualquer atitude egoísta de dominação.

3) Unidade: "Tornar-se-ão uma só carne" = uma só pessoa... Uma fusão não apenas dos corpos, mas na sua totalidade: corpo e alma: com os seus projectos, os seus sentimentos, os seus ideais, as suas tendências, as suas esperanças, as suas amizades... A SUA FÉ...

No Evangelho, Jesus é questionado acerca do DIVÓRCIO (Mc 10,2-6)
- Cristo responde: Moisés permitiu por causa da dureza do vosso coração… Mas desde o começo da Criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e os dois serão uma só carne... Portanto, o que Deus uniu o homem não separe”.
- Diante da posição do Mestre, os discípulos ficam perplexos...
- E Jesus conclui: "Quem despede a sua mulher e se casa com outra, comete adultério"

* O divórcio e a poligamia não fazem parte do projecto de Deus. Jesus reafirma a unidade e a indissolubilidade do matrimonio e condena o divórcio e a poligamia. Cristo até admite a separação (em último caso), mas não um novo casamento.
Numa época, em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimonio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é o Plano de Deus, reafirmado por Cristo.

+ O texto termina com uma referência às CRIANÇAS, as maiores vítimas de uma família fragmentada:
- As mães levam os seus filhos a Jesus para que os abençoe.
- Os apóstolos impacientes tentam-nas impedir…
- JESUS: "Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas… Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos".

* Os esposos não podem pensar só em si mesmos, esquecendo os filhos… A Missão dos pais, é repetir o gesto das mães israelitas: levar os filhos a Jesus, para que, abençoadas por ele, conservem a inocência e sejam um dia recebidas no reino dos céus, preparado para elas.

+ A nossa atitude para com os divorciados:
- Acolher, integrar, compreender e ajudar aqueles a quem as circunstâncias da vida impediram de viver o projecto ideal de Deus.
- Sem renunciar ao "ideal", que Deus propõe e Jesus reafirma no Evangelho.

A felicidade de uma família só existe quando há COMUNHÃO: - entre os esposos - com os filhos e - também com Deus…
Rezemos para que as nossas famílias sejam a família que Deus quer: "Santuário da vida" e "Berço do Amor e da Fé".

domingo, outubro 01, 2006

“Quem me dera que todo o povo do Senhor fosse profeta”

Enquanto Josué se sente incomodado com o facto de Eldad e Medad estarem a profetizar no acampamento, Moisés gostaria que todo o povo fosse profeta “e que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles”. Se todo o povo fosse profeta, como seria mais fácil conduzir o povo e como ele seria mais fiel ao Senhor!
Deus tem sido intencional e progressivamente banido da sociedade. Deus foi considerado como um estorvo à felicidade do homem e ao desenvolvimento dos povos.
  • Baniram Deus para, depois, questionarem todos os princípios e valores morais.
  • Baniram Deus em nome da liberdade e da felicidade do ho-mem. E, ao privarem o homem de Deus e da sua dimensão espiritual, limitaram drasticamente a sua liberdade e os seus horizontes existênciais, reduzindo-o a um escravo da sociedade de consumo.
  • Baniram Deus da sociedade e com ele quiseram eliminar os valores humanos, morais e espirituais. Deste modo, pretendiam resolver certos problemas sociais e emancipar definitivamente o homem.

No entanto, sem Deus e sem os valores que dele derivam, muitos foram os problemas que mais rapidamente surgiram e para os quais se torna mais difícil encontrar uma solução adequada.
Referimos apenas o que diz respeito à família e às questões relacionadas com a educação.

  • Nunca como hoje a família esteve tão ameaçada. Antes de mais, é o próprio conceito de família que se divulga; depois, são os ideais de vida familiar que se propõem e promovem nos meios de comunicação; são os negócios que se permitem e que atentam contra a fidelidade e estabilidade familiar.
    Hoje, é preciso dizê-lo sem medo, há muita gente que ga-nha dinheiro fácil e enriquece agindo contra o casamento e a família. É verdade que toda a gente tem direito a ganhar a vida. Mas também é verdade que toda o gente a deve ganhar honestamente e com dignidade.
    As pessoas que optam por um modo de vida que atenta cla-ramente contra o amor e a família, sejam elas quem forem e venham donde vierem, não podem ser bem vindas em ne-nhum lugar. Ainda que as tenhamos de respeitar enquanto pessoas, não podemos aprovar as suas opções e a sua con-duta.
  • No que se refere à educação, consequência de uma educação sem Deus e sem valores, a situação é também preocu-pante e sem uma solução credível à vista.
    Quiseram uma educação sem disciplina e sem respeito, sem regras sem normas, sem rigor e sem exigências. E o resultado está aí. As queixas dos pais e dos educadores começam a ser muitas. Mas que podem esperar eles, atendendo à educação que dão?
    Hoje, a maior parte dos pais e uma parte considerável de educadores não têm, porque os não vivem, os valores que devem transmitir. E uma educação sem valores não é, seguramente, educação.
    E enquanto não houver a lucidez e a humildade necessárias para reconhecer e enveredar pelo justo caminho da educação, não será possível nenhuma reforma eficaz do sistema educativo, nem será encontrada uma justa solução para os problemas que a afectam.

    Sem os horizontes de Deus, sem a luz da fé e sem o suporte dos valores, o homem fica mais limitado e fragilizado na hora de enfrentar os desafios da vida e de encontrar uma resposta para eles.
    Assim, muitos desistem de coisas fundamentais da vida:
    · uns desistem do casamento e da família,
    · outros desistem de educar os filhos,
    · outros ainda desistem dos seus sonhos e ideais.
    · Numa palavra, sem Deus, com mais facilidade e com menos razões, as pessoas conformam-se com a realidade e desistem de viver, resignando-se a uma existência sem esperança e sem sentido.