Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

sábado, novembro 12, 2005

S. MARTINHO DE TOURS - padroeiro da Lageosa

São Martinho congrega-nos, neste dia e nesta igreja da Lageosa, para louvarmos a Deus – Aquele que é a fonte de toda a santidade e que à santidade chama todos os homens. Através dos santos e das festas que celebramos em sua memória, é para Deus que se eleva o nosso coração e o cântico dos nossos lábios, pois só a Ele é devido todo o louvor!
São Martinho é ainda recordado pelo povo cristão, passados tantos séculos após a sua morte, porque Ele deixou-se seduzir por Cristo e entregou-se radicalmente ao serviço do Reino de Deus.
Como Bispo, Ele foi um arauto corajosos e convincente do Evangelho, e um pastor dedicado do seu povo, ensinando a verdade e promovendo a unidade e a comunhão entre todos. Como todo aquele que acredita verdadeiramente em Deus, São Martinho dedicou especial atenção ao seu semelhante, sobretu-do aos doentes e aos pobres, imitando o exemplo de Cristo. Amou e serviu a Deus, servindo e amando o próximo.

Os santos são aqueles que:

seguiram e imitaram a Cristo na sua comunhão e obedi-ência a Deus e na sua dedicação e serviço aos irmãos;

  • colaboraram com Cristo na construção do Reino, seguin-do e vivendo as Bem-aventuranças;
  • experimentaram e contemplaram a grandeza do amor de Deus e se esforçaram por lhe corresponder no quotidiano das suas vidas;
  • também se identificaram com Cristo no mistério da sua paixão (“lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro”), ou seja, sofreram pelo nome de Cristo e pela verdade do seu Evangelho.

A santidade não é um projecto de vida apenas proposto a alguns eleitos e privilegiados, mas sim uma vocação comum a todos os baptizados. O cristão, na medida em que o procura ser de verdade, é um seguidor fiel de Jesus, alguém que abraça o Evangelho como programa de toda a sua vida; alguém que vive e alimenta a sua comunhão com Deus na oração frequente; que vive e fortalece a sua comunhão com Jesus na celebração dos sacramentos da Eucaristia e do Perdão; que O vê e o ama, todos os dias, em cada irmão. Este é o caminho da santidade, o caminho que todos os cristãos devem percorrer, pois é o único que conduz o homem até à plenitude da vida de Deus.

Ser santo não é algo mais ou algo de diferente do que ser cristão, ou seja, do que viver coerentemente a fé. Por isso, ninguém pode dizer: eu quero ser cristão, mas não quero ser santo. Ou aceitamos o caminho da santidade e da coerência, ou, então, não temos o direito de nos considerarmos ou que os outros nos considerem como cristãos.

  • Não são cristãos aqueles que apenas foram baptizados, mas não celebram a fé nem vivem segundo os mandamentos de Deus, ainda que afirmem e repitam que são católicos cem por cento;
  • Não o são aqueles que casaram pela Igreja, mas não vivem a sua vida conjugal e familiar na fidelidade à doutrina da Igreja;
  • Não o são aqueles que pedem o baptismo para os seus filhos, mas, depois, não os educam segundo a lei de Cristo;
  • Não o são aqueles que querem receber o sacramento da confirmação, mas não estão dispostos a fazer a necessária preparação para o mesmo;
  • Não o são aqueles que estão agarrados às tradições religiosas que lhes convêm, mas não escutam a palavra de Deus nem celebram os sacramentos;
  • Não o são aqueles que só frequentam a Igreja e se comprometem com a vida da comunidade quando as coisas lhe correm de feição e lhes quadra bem, caso contrário, deixam a igreja e abandonam os seus compromissos;
  • Numa palavra, não são cristãos aqueles que só estão do lado de Deus e só seguem a Cristo, quando disso tiram vantagens humanas ou não têm mais nada que fazer! Nós não somos cristãos pelo simples facto de dizer que o somos. Só o somos na medida em que as nossas obras confirmam a verdade das nossas palavras e a nossa vida torna visível a nossa fé.

Quando celebra a festa de um santo, a comunidade cristã deve pensar e tomar consciência de que o mais importante é celebrá-la com fé, de modo especial a Eucaristia. Depois, assumir o compromisso de viver, segundo as exigências do Evangelho, todos os dias do ano. Sem este compromisso e a fidelidade ao mesmo, as festas, por mais bonitas que possam ser aos olhos dos homens que as promovem e nelas participam, nem agradam aos santos, nem louvam a Deus e nem dignificam aqueles que as celebram.

São Martinho, com o testemunho da sua vida, diz-nos e confirma-nos que a santidade é o caminho de todos os cristãos, e que é possível percorrer com êxito este caminho. Ele, porque o percorreu com fidelidade e perseverança, chegou à meta da existência, à plenitude da vida, à pátria celeste. Agora, ele vive no coração de Deus, gozando eternamente o seu amor na comunhão de todos os anjos e santos. Se São Martinho e tantos outros homens e mulheres chegaram lá, nada nos deverá ou poderá impedir de chegarmos lá também.
Não esqueçamos que Deus chama-nos e espera-nos, mostra-nos o caminho e oferece-nos todos os meios para O alcançarmos. Ele tem, no seu coração, um lugar reservado para cada um de nós! Seria uma insensatez da nossa parte não ocupar esse lugar!

1 comentário:

Anónimo disse...
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