Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia de LAGEOSA DO MONDEGO - Celorico da Beira, distrito da Guarda

terça-feira, dezembro 13, 2005

SÍMBOLOS DE NATAL

OS SAPATOS NA CHAMINÉ

Numa noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano fugiam aos perseguidores dos cristãos. Batiam a todas as portas, mas ninguém lhes deu abrigo. Foram finalmente acolhidos por uma pobre viúva que vivia com um filho. Contentes, pediram a Deus que recompensasse a generosidade da viuva. Crispim, que era sapateiro, viu a um canto, os socos velhos do rapazinho. Fez um par deles novos e colocou‑os à beira da lareira, enquanto a viúva e o filho dormiam. Quando estes acordaram, repararam que os hóspedes tinham desaparecido e na lareira estava um par de socos novos a transbordar de moedas de oiro. Esta é a lenda.

CARTÕES DE BOAS FESTAS

Henry Cole, o fundador do Museu Vitoria de Londres, aflito com imensos negócios, não conseguia tempo para escrever as tradicionais cartas de “Boas Festas”. Era o Natal de 1843.Teve então uma ideia: os amigos receberiam apenas um cartão impresso. Para isso, chamou um pintor, Horsley, encarregando‑o de preparar os originais, que depois foram impressos. A principio a moda não pegou, pois eram pouco lindos. Mas surgiram depois cartões mais bonitos a natalícios, que conquistaram a simpatia geral.

O PAI NATAL

A historia do Pai‑Natal é baseada num facto verdadeiro. No século IV, um bispo chamado Nicolau tinha o costume de distribuir discretamente presentes aos pobres. Mesmo depois da sua morte, espalhou‑se na Holanda o costume das crianças colocarem os sapatos à porta de suas casas, esperando a visita de São Nicolau. Faziam‑no na noite de 5 para 6 de Dezembro, que era o dia da festa do Santo. Mais tarde, este costume mudou para a noite de Natal a passou‑se a chamar Pai‑Natal àquele que ia levar os presentes.

NOITE FELIZ


Esta famosa canção de Natal foi composta nas vésperas de Natal de 1818, numa aldeia dos Alpes. “Noite Feliz» nasceu por acaso. Nas missas da meia‑noite, as pessoas estavam acostumados a ouvir a melhor música. Na aldeia Austríaca de Oberndorf descobriu‑se que o órgão tinha sido estragado pelos ratos e não havia possibilidade de o reparar a tempo. Surgiu então a ideia de compor uma canção para ser acompanhada a violão. O compositor foi um professor chamado Franz Xavier Gruber ; o padre fez os versos. Cantada pelas crianças, espalhou‑se por todo o mundo.

ÁRVORE DE NATAL

A tradição da árvore de Natal é de origem germânica. S. Bonifácio (século VIII) adoptou-a para substituir os sacrifícios do carvalho sagrado ao deus pagão Odin. O Santo impôs o costume de se oferecer uma árvore ao Deus Menino. Utiliza-se o pinheiro e o abeto. A escolha destas árvores tem uma explicação. Sendo árvores de folha perene, simbolizam a vida eterna que é um dom de Jesus ressuscitado. A cor verde dos suas folhas são um sinal de esperança. Utiliza-se também o azevinho. Esta planta era para os romanos um símbolo de paz e felicidade.

25 DE DEZEMBRO

A data do nascimento de Jesus é desconhecida. O dia 25 de Dezembro foi estabelecida por volta do século IV Escolheu-se esta data para dar um sentido cristão a uma festa pagã que existia em Roma, a festa do Sol. No ano 274, o imperador Aureliano oficializou o culto do Sol. Mandou construir um templo em sua honra a fixou a sua festa a 25 de Dezembro. Era neste dia, o solstício de Inverno, em que os dias começavam a aumentar e a ter mais ... «sol». Os cristãos passaram então a festejar um outro “sol”: Jesus, a " Luz do mundo”.

PRESÉPIO

O vocábulo presépio é de origem hebraica e significa a manjedoura dos animais. A palavra usava‑se para significar também o curral. O Evangelho de S. Lucas diz que Jesus nasceu num curral de animais. Calcula‑se que a primeira pintura do presépio data do ano 380. Foi descoberta nas catacumbas, em Roma. Foi, porem, Francisco de Assis que, a partir do ano 1223, criou o costume de se fazerem presépios. Resolveu fazer um presépio ao vivo, junto do qual se celebrou a missa da meia‑noite. No nosso País, há presépios de um grande valor artístico, como o de Machado de Castro.

A MISSA DO GALO

A missa do galo é de origem espanhola. Pouco antes de baterem as doze badalados da meia‑noite de 24 de Dezembro, coda lavrador da região de Toledo matava um galo, em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus. O galo era depois levado para a igreja, a fim de ser oferecido aos pobres que, assim, poderiam ter melhorado 0 almoço de Natal. Em algumas aldeias, levava‑se o galo vivo, para que ele cantasse durante a Missa. Quando cantava, todos ficavam contentes, pois era sinal de um ano novo farto a feliz.

BOLO-REI

Diz a lenda que, quando os Magos foram visitar Jesus para the oferecerem presentes, a cerca de 7 quilómetros do presépio tiveram uma discussão: qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes? Alguém estava a escutar a conversa a propôs então uma solução. Ele faria um bolo em cuja massa incorporaria uma fava. Repartindo pelos três, seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino aquele a quem calhasse a fava. Ainda hoje, quem ficar corn a fava terá de dar um presente.

AS VELAS E AS LUZES

O uso de se acenderem velas na noite de Natal começou com um sapateiro alemão. Embora pobre, tinha por hábito colocar durante a noite, na janela da sua cabana, uma vela acesa para guiar os viajantes durante as noites de Inverno. Outros começaram a imita-lo no tempo de Natal. As luzes natalícias simbolizam Cristo, que um dia disse: «Eu sou a luz do mundo».

OS PRESENTES

Quando gostamos de uma pessoa, damos-lhe presentes. No Natal damos presentes às pessoas para manifestar o nosso amor por elas, pois Jesus veio anunciar a fraternidade. A data da oferta dos presentes não é a mesma em todos os países. Na Espanha, por exemplo, são entregues a 6 de Janeiro, simbolizando sobretudo as prendas que os Reis Magos deram ao Menino. Nalguns países a entrega das prendas continua a fazer‑se no dia de São Nicolau, a 6 de Dezembro.

CULINÁRIA NATALÍCIA

Na quadra natalícia usa-se uma culinária especial, conforme os costumes das diversas terras. No nosso país ha o bacalhau com batatas e o Peru. Dizem que foi o rei Jaime I da Inglaterra quem tornou o peru o prato principal da ementa de Natal, substituindo‑o pelo porco, que lhe prejudicava a saúde. Na doçaria ha uma grande variedade: as rabanadas, as filhós, o bolo-rei ...

Na Dinamarca prefere‑se o ganso, enquanto que na Noruega o prato preferido são as costeletas. Na Noruega é servido arroz-doce, no qual se meteu uma amêndoa branca.
( Trabalho extraído das Revista "Juvenil" )

1 comentário:

Anónimo disse...
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